Justiça impede Mino Carta e Fernando Morais de visitar Lula

Os jornalistas Mino Carta, diretor de redação de CartaCapital, e Fernando Morais, do blog Nocaute, foram impedidos de visitar o ex-presidente Lula na tarde desta quinta-feira 4.

Houve, na verdade, uma omissão do juiz Danilo Pereira Júnior, substituto de Carolina Lebbos na 12ª Vara Federal de Curitiba, que não respondeu ao pedido de liberação da visita. Como de praxe, a Superintendência da Polícia Federal envia à Vara de Execuções Penais os nomes dos visitantes e solicita o aval, mas até o fim do prazo estabelecido Pereira não respondeu.

Nos últimos dias, estabeleceu-se no Supremo Tribunal Federal uma guerra de liminares contra e a favor de Lula conceder entrevistas a meios de comunicação. O ministro Ricardo Lewandowski deu despachos favoráveis ao ex-presidente, barrados pelos colegas Luiz Fux e José Dias Toffoli, atual presidente da corte. A decisão está em suspenso e deve ser levado ao plenário da Corte.

Embora Mino Carta e Fernando Morais tenham viajado a Curitiba para visitar um amigo e não entrevistá-lo, a Polícia Federal não conseguiu “dirimir a dúvida” sobre a natureza do encontro. Sem o aval de Pereira, a entrada acabou proibida.

Na porta da Superintendência da PF em Curitiba, os jornalistas falaram sobre o episódio. “A situação do Brasil é horrível, tudo que vivemos é uma vergonha”, declarou Mino Carta. “Evidentemente nós não queremos entrevistar Lula, não queremos nem prejudicar Lula nem a Polícia Federal. Fomos impedidos de visitar um amigo antiquíssimo”.

Segundo Morais, o episódio é mais uma amostra do estado de exceção.  “Não é um absurdo contra Mino Carta, não é um absurdo contra mim, não é um absurdo contra Lula, é um absurdo contra a sociedade”.

O escritor acrescenta: “Visitei Lula quando ele foi preso na ditadura e fui impedido de visitá-lo em uma dita democracia. Volto para São Paulo envergonhado”.

Fonte: CartaCapital

Mortos por terremoto e tsunami na Indonésia chegam a 1.424

O número de mortos pelo terremoto seguido de tsunami na Indonésia já chega a 1.424, segundo informaram as autoridades do país nesta quinta-feira (4). As informações são da agência de notícias Reuters.

Segundo o porta-voz da Agência de Gerenciamento para Desastres da Indonésia, 1.203 mortes foram registradas em Palu, 144 em Donggala, 64 em Sigi, 12 em Parigi Moutong e uma em Pasang Kayu, situada a oeste de Sulawesi. O saldo deve ainda subir à medida que novos corpos forem encontrados sob os escombros da tragédia.

Flávio Bolsonaro defende destruição de placa pró-Marielle por correligionários

O deputado estadual e candidato ao Senado Flávio Bolsonaro (PSL) defendeu, nesta quinta-feira, 4, os correligionários que destruíram uma placa que homenageava a vereadora do PSOL, Marielle Franco, assassinada a tiros há pouco mais de seis meses. Segundo ele, os candidatos Daniel Silveira (a deputado federal) e Rodrigo Amorim (a deputado estadual) “nada mais fizeram do que restaurar a ordem”.

Os dois fizeram em pedaços a homenagem que tinha sido colocada pelo partido da vereadora para “rebatizar” com o nome dela a Praça Floriano, também conhecida como Cinelândia. Além disso, divulgaram imagens da destruição no Facebook. Flávio Bolsonaro classificou ainda a ação de “posicionamento ideológico”.

“Eles restauraram a ordem na placa que era de homenagem ao Marechal Floriano. O PSOL acha que está acima da lei e pode mudar nome de rua na marra. Eles só tiraram a placa que estava lá ilegalmente. Se o PSOL quer homenagear a Marielle, apresente projeto de lei, proposta na prefeitura, para botar a placa, mas não pode cometer um ato ilegal como esse”, disse o parlamentar. Ele se posiciona como de direita – o PSOL se apresenta como esquerda.

Questionado sobre se rasgar a placa era desrespeito a memória da vereadora, ele disse que “foi um desrespeito com a Praça Floriano (nome original do logradouro que foi alterado)”. No local, fica a Câmara Municipal, onde Marielle exercia seu mandato.

O presidenciável Jair Bolsonaro nunca se posicionou sobre o assassinato da vereadora. Ela foi morta com uma rajada de metralhadora na cabeça, em 14 de março. Até hoje, a Polícia não esclareceu o crime. Uma das hipóteses de autoria aponta para milicianos – policiais que exercem domínio armado sobre áreas carentes, onde exploram negócios ilegais e cometem extorsões.

Fonte: Estadão

Corregedoria do CNJ dá 15 dias para Moro explicar divulgação de delação de Palocci

O corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Humberto Martins, determinou nesta quinta-feira (4) que o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato no Paraná, apresente em quinze dias explicações sobre a divulgação da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci.

A decisão foi tomada a partir de representação apresentada ao CNJ pelos deputados federais do PT Paulo Pimenta (RS), Wadih Damous (RJ) e Paulo Teixeira (SP), que pediram que o juiz seja punido.

Após Moro enviar as informações, o ministro Humberto Martins vai decidir sobre o pedido de liminar de afastamento do juiz. O caso corre em sigilo no CNJ.

De acordo com os deputados, a decisão que autorizou a divulgação da delação, na última segunda (1º), é política e tem o objetivo de prejudicar campanhas do Partido dos Trabalhadores.

“O depoimento prestado pelo ex-ministro, conquanto seja de interesse público, não deveria ter o seu sigilo liberado e disponibilizado pela imprensa nesse momento de elevada temperatura política, senão com o deliberado propósito de interferir ilicitamente na disputa que se aproxima e onde o Partido dos Trabalhadores, democraticamente, esponta como um dos preferidos da sociedade brasileira”, diz a representação.

Fonte: G1

Lava Jato pede condenação de Lula e outros 7 réus em processo do Instituto Lula

A força-tarefa da operação Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) em Curitiba pediu nesta quinta-feira (4) a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo referente ao terreno para o Instituto Lula e ao apartamento em São Bernardo do Campo. O MPF também pediu a condenação de outros sete réus no processo. 

O MPF pede que Lula seja condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva qualificada, com a pena majorada conforme prevê a lei em determinados casos. O MPF apontou nove atos de corrupção em relação a Lula e outros sete atos de lavagem de dinheiro. O MPF pede, ainda, que o juiz federal Sergio Moro decrete o perdimento de R$ 75, 4 milhões em relação aos réus. Esse é o valor apontado como total pago em propina pela Odebrecht em contratos com a Petrobras. 

A Lava Jato também pede que o apartamento 121 do Residencial Hill House, que está em nome de Glaucos da Costamarques e era alugado por Lula, seja confiscado pela Justiça. Os procuradores pedem, ainda, que Lula se responsabilize pelo pagamento de mais R$ 75,4 milhões como dano mínimo, a ser revertido para a Petrobras.

Além de Lula, o MPF pediu a condenação do ex-ministro Antônio Palocci, seu assessor Branislav Kontic, do executivo Marcelo Odebrecht, dos executivos Paulo Melo, Demerval Gusmão Filho, de Glaucos da Costamarques e do advogado Roberto Teixeira. 

Entenda o caso

Nesse processo do Instituto, segundo a denúncia do MPF, entre 2010 e 2014, Marcelo Odebrecht prometeu uma propina no valor de R$ 12,4 milhões para o ex-presidente, paga na forma da aquisição de um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula. Para receber a propina, Lula contou com o auxílio do ex-ministro Antonio Palocci e do advogado de Lula, Roberto Teixeira. O terreno foi comprado por Glaucos da Costamarques e pela DAG Construtora, que agiram como “laranjas” da Odebrecht.

No mesmo processo, o MPF também denunciou Lula, Glaucos e Teixeira por lavagem de dinheiro no valor de R$ 504 mil, realizado através da aquisição em favor de Lula de um apartamento em São Bernardo (SP). O imóvel foi mantido no nome de Glaucos, mas foi adquirido com recursos da Odebrecht por intermédio da DAG.

Fonte: Gazeta do Povo