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Vereadores de Salgueiro apoiam movimento dos profissionais da enfermagem pela aprovação do piso nacional da categoria

É unânime na Câmara de Vereadores de Salgueiro o apoio aos profissionais da enfermagem pela aprovação no Senado do Projeto de Lei nᵒ 2564/2020, que cria o piso salarial nacional e regulamenta a jornada de trabalho da categoria, incluindo técnicos e parteiras. Esse suporte foi ressaltado durante a sessão ordinária desta quarta-feira, 12, quando profissionais do setor foram à Casa Epitácio Alencar pedir auxílio dos legisladores para uma articulação junto aos seus correligionários em Brasília.

O espaço na tribuna foi usado por um bom tempo pelo enfermeiro Claudemir José Nascimento, que reclamou da baixa remuneração do trabalho, não condizente com os serviços prestados. “Nossa categoria não tem um piso salarial fixo. Por não ter um piso salarial fixo, nós ficamos à mercê de governadores, de prefeitos, de donos de hospitais e empresários da saúde, pagando baixos salários. Ficamos com EPIs de má qualificação, sem local digno de repouso em alguns hospitais e uma carga horária muito elevada”, protestou, sendo apoiado por todos os vereadores.

Também falaram no microfone da casa a diretora do Hospital Regional de Salgueiro, na condição de enfermeira, Gílcia Sá; a técnica de enfermagem Francisca Ferreira e a enfermeira Neiva Monteiro. Esta última falou sobre a atuação da categoria na pandemia de Covid-19.  “Nesse momento eu quero colocar pra essas famílias que perderam seus entes queridos, 104 famílias que perderam seus entes queridos aqui no nosso município, a dor da gente de não poder ter salvado essas vidas. Toda vida pra gente importa. E é por isso que a gente tá aqui, uma luta há mais de 20 anos por melhorias de condições de salário, de trabalho e carga horária”, disse.

Numa das falas mais representativas do sentimento dos vereadores em relação aos profissionais, Léo Parente parabenizou os enfermeiros e enfermeiras, salientando a importância da classe. “Quero aqui parabenizar cada um dos enfermeiros e enfermeiras que têm sido heróis não apenas agora nesse período de pandemia, mas durante todos os períodos de calamidades que nós temos tido no percurso da humanidade. São pessoas que antigamente não tinham formações, mas eram enfermeiros na prática, como as parteiras, e hoje que temos todo um aparato pra estudar, pra se formar, se especializar, mais do que nunca é preciso que nós tenhamos uma lei determinando esse piso e garantindo o direito que todos os enfermeiros têm, porque são sem dúvida nenhuma a linha de frente quando o negócio aperta”, afirmou.

Da redação do Blog Alvinho Patriota