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Vale diz que laudos não apontavam risco de rompimento da Barragem de Brumadinho

A Vale rebateu nesta terça-feira (12) as informações de que laudos indicavam que havia risco de rompimento na Barragem de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. Em entrevista coletiva na sede da empresa, no Rio, executivos disseram que os relatórios não indicavam o risco iminente e a barragem estava “estável”. Até esta terça (12), 165 corpos já haviam sido encontrados e 155 pessoas ainda estavam desaparecidas.

“Tínhamos laudos de estabilidade que indicavam claramente que não existia risco iminente na barragem, que a barragem estava estável. Não teve nenhum sintoma de problemas e não teve subida de nível, então, automaticamente, você não teve qualquer indicação de ação necessária”, disse o gerente-executivo de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão, Lúcio Cavalli, que concedeu entrevista ao lado do diretor-executivo de Finanças e Relações com Investidores, Luciano Siani Pires.

Cavalli detalhou que, em junho de 2018, foi detectado um problema na instalação de drenos na barragem. O objetivo desse processo era escoar a água presente em lençol freático, um procedimento que segundo ele é realizado em todas as barragens pelo mundo.

Nessa ocorrência específica, Cavalli disse que foi identificado que a saída de sólidos pelo dreno era grande, o que indicaria que o nível do lençol freático estava mais alto.

Às 15h30 do dia 11 de junho, os técnicos identificaram uma elevação de três metros no nível de água. Em seguida, a Vale paralisou a operação e passou a monitorar a barragem de meia em meia hora. Às 19h30, os dados mostraram que o nível desceu e às 9h15 do dia seguinte o nível no lençol freático voltou ao ponto inicial.

Sobre a informação de que uma troca de e-mails indicou que Vale soube de problemas em sensores de Brumadinho, dois dias antes do rompimento de barragem, Luciano disse que ela também não procede.

“Os técnicos verificaram que 46 medidores de água funcionaram corretamente. E que não encontraram aumento no número de água. O objeto da troca de e-mails foi que a visualização desses instrumentos que estão em campo nos computadores do sistema centralizado estavam apresentando incorreções”, explicou.

Fonte: G1