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Mendes culpa Congresso por confusão da Ficha Limpa

gilmar_mendesUm dia depois de o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir que a lei da Ficha Limpa não valeu para as eleições de 2010, o ministro Gilmar Mendes criticou o Congresso Nacional por ter aprovado a lei em pleno ano eleitoral. Para o ministro, os parlamentares aprovaram a lei para evitar constrangimento com os eleitores e acabaram criando na sociedade e nos candidatos eleitos uma expectativa que não se confirmou. A lei foi aprovada pelo Congresso em maio do ano passado e sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no começo de junho.

– O Tribunal mostrou que não vai chancelar aventuras. Haveria um estímulo para buscar novas reformas às vésperas das eleições e porque isso impõe ao próprio Congresso um certo constrangimento. Quem quer dizer que é contra determinado tipo de proposta? O Congresso aprovou por unanimidade. Não significa que o Congresso bateu palmas, mas, às vezes, recebeu de forma acrítica.

O ministro participou hoje do lançamento da 8ª Edição do Prêmio Innovare, que seleciona iniciativas que melhoram o funcionamento da Justiça.

Mendes foi o relator do caso da Ficha Limpa julgado no Supremo e votou para que a lei não tivesse efeito no pleito do ano passado. Um dos argumentos do ministro é que a lei não pode antecipar a punição de uma pessoa antes de a ação judicial ter sido concluída.

Fonte: R7

Gilmar Mendes vota contra a Lei da Ficha Limpa

fichalimpaApós o intervalo da votação do recurso do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA) no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Gilmar Mendes se manifestou contra a validade da Lei da Ficha Limpa para esta eleição. Ele criticou a retroatividade, a elaboração e até a aprovação da lei pelo Congresso Nacional.

O ministro afirmou que o caso de Jader Barbalho é de “escancarada retroatividade”. Para ele, se a Ficha Limpa valer será caso de “manipulação” eleitoral. Ele afirmou também que não se trata de eficácia retroativa, mas de uma disciplina para as proximas eleições.

Mendes questionou ainda o surgimento e a aprovação da nova lei, ao dizer que a Ficha Limpa passou pelo Congresso sob “enorme pressão”. “A gente sabe como é política. A gente sabe que por trás estão as organizações partidárias”, disse Gilmar Mendes sobre os mais de 1,6 milhão de assinaturas do abaixo-assinado que deu origem ao projeto de lei de iniciativa popular.

Antes de declarar seu voto a favor do recurso de Jader, Gilmar Mendes disse que a Ficha Limpa é uma lei casuística para ganhar a eleição “no tapetão”. Segundo ele, o artigo 16 da Constituição seria suficiente para encerrar a controvérsia. “O que não há dúvida é que estamos tratando de processo eleitoral”, disse.

Fonte: Correio Braziliense