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Embrapa Semiárido prorroga prazo para apresentação de trabalhos em evento sobre mudanças climáticas e desertificação da caatinga

blogqsp_meio-ambienteA Embrapa Semiárido prorrogou o prazo para entrega dos trabalhos científicos que serão apresentados durante o ‘III Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação no Semiárido Brasileiro: Experiências para Mitigação e Adaptação’, a ser realizado de 25 a 27 de outubro no município de Juazeiro-BA. Conforme informações da engenheira agrônoma Francislene Angelotti, os trabalhos passarão por a avaliação de uma comissão e caso sejam aceitos serão publicados nos anais do simpósio deste ano.

Outros projetos também podem ser selecionados pela Comissão Científica e os autores convidados a modificá-los, fazendo um resumo expandido para artigo, possibilitando sua publicação na revista Caatinga da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). O III Simpósio de Mudanças Climáticas tem a finalidade de reunir pesquisadores, autoridades e profissionais da área para debaterem temas importantes e políticas públicas destinadas à redução de emissões de CO2, combate a desertificação e análises das potencialidades do bioma caatinga diante das mudanças climáticas.

Segundo Francislene, no decorrer dos três dias de evento as palestras e debates irão além das discussões sobre as mudanças do clima na região. “Neste III Simpósio vamos avançar para pensar de forma muito concreta em soluções sobre possíveis adaptações às mudanças climáticas, principalmente no que se refere à conservação dos recursos naturais, produtividade agrícola e qualidade de vida”, afirma.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

Zona rural de Salgueiro em clima de festa

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Imagem: Prefeitura Municipal de Salgueiro

Moradores do Sítio Penedo com participação das comunidades de Pau Ferro, Lagoinha, Baixio da Cacimbinha, Umãs, Sítio Letras, Alazão, Sítio Novos, Sítio Santa`ana e Curral Velho estão em clima de festa desde o último domingo (23) quando teve início a Festa do Padroeiro São Brás. A programação do evento prossegue até o dia 3 de fevereiro, envolvendo atividades religiosas, apresentações musicais e jogos esportivos. Entre as principais atrações da festa está a 2ª Corrida São Brás, que acontece no próximo dia 30 com corredores de todos os sítios circunvizinhos.

De acordo com a Prefeitura Municipal de Salgueiro, o evento culmina no dia 3 de fevereiro com uma programação religiosa e esportiva especial. No fim da tarde, a partir das 17h, os fiéis de São Brás saem em procissão pelas artérias da localidade em direção ao local onde ocorrerá Santa Missa, liturgia local, Benção da Garganta e apresentação de coral. Para as 20h do mesmo dia está marcada a premiação dos vencedores dos torneios esportivos, sorteio de um caprino, e encerramento com uma apresentação musical.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes

 

Brasil terá postura flexível na Conferência do Clima em Cancún

20101126121833O Brasil está aberto a novas propostas para resolver os impasses nas negociações climáticas internacionais, apontou o negociador-chefe do país na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16) ao final do primeiro dia do evento.

“Acho que estamos aqui prontos para sermos flexíveis e examinar diferentes possibilidades” , disse o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado. “Sabemos que se todos os países se agarrarem a suas posições, é impossível ter um resultado, que dirá um bom resultado”, comentou a respeito do chamado feito pela secretaria-executiva da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (UNFCCC), Christiana Figueres, para tentar unir visões diferentes de formas “criativas”.

O dia inaugural da nova conferência climática, realizada em Cancun, no México, tratou mais de questões organizacionais que das negociações em si, informou Figueiredo.

Entre os impasses atuais estão a forma como será gerido o fundo climático a que os países ricos deverão contribuir com US$ 100 bilhões anuais até 2020 ou o que substituirá o Protocolo de Kyoto, o único acordo vinculante (de cumprimento obrigatório pelos signatários) adotado até agora nesse campo, quando ele expirar, em 2012.

Figueiredo disse que em Cancún é necessário haver uma definição clara sobre se o Protocolo de Kyoto será prorrogado ou não, já que, do contrário, as negociações paralelas sobre um novo acordo mais amplo ficam comprometidas.

Fonte: G1

Feriado de Páscoa terá clima de verão em todo o país, com calor e pancadas de chuva

climaMesmo com o outono já tendo começado, o feriado de Páscoa terá clima de verão em todo o país, com calor e pancadas de chuva nos finais de tarde.

A previsão dos meteorologistas da Climatempo é que a temperatura supere os 30 graus em diversos estados. De acordo com a meteorologista Fabiana Weykamp, em praticamente todas as regiões há umidade o que facilita a ocorrência de pancadas de chuva fortes durante as tardes.

– Será um feriado com cara de verão. No Sul, os ventos quentes que vêm do interior do país e a aproximação da frente fria elevam os riscos de temporais – diz Marcelo Pinheiro, também da Climatempo.

Fonte: O Globo

Copenhague, mau uso do dinheiro público

Por Clóvis Cavalcanti

cop15Não se podia esperar muita coisa da conferência do clima de Copenhague (a COP-15 da ONU), encerrada dia 18 deste mês. Um encontro de tal magnitude não permite desfechos milagrosos. Discutir questões técnicas e suas implicações políticas envolve toda uma diplomacia. Chegar a acordos depois disso é trabalho árduo, ainda mais quando se tem que exprimir cada item numa multidão de idiomas. Uma palavra mal interpretada exige tempo enorme de negociações e explicações. Já participei de eventos da ONU, inclusive da parte científica da Rio-92 (a convite do CNPq). Não é fácil dialogar em ocasiões assim, apesar do interesse das pessoas e da importância dos assuntos em debate. No caso das grandes conferências internacionais, há participação significativa de burocratas e pessoas que vão ali apenas passear. Como, de fato, explicar que o Brasil tenha tido em Copenhague uma delegação de 700 membros? Não é sem razão que se passou a denominar acapital dinamarquesa de Shoppenhague. Por outro lado, quem pagou a despesa de tanta gente inútil para as discussões sobre o que interessava no caso, um acordo para conter a ameaçadora progressão da mudança climática do planeta? Admitindo a modesta quantia de 15 mil reais para a viagem de cada um desses nossos “representantes”, chega-se ao total de 10,5 milhões de reais de custo para a revoada (o dinheiro foi público). Sobre isso, deve-se adicionar a chamada pegada ecológica (custo ambiental) correspondente, esta última uma das causadoras do efeito estufa que a COP-15 visava conter.

Deve-se registrar que o Brasil foi um protagonista destacado no evento. O presidente Lula da Silva resolveu arregaçar as mangas e mostrar que o país estava disposto a enfrentar a questão do temível aquecimento global. Demorou, porém, a perceber isso. E colocou à frente da delegação brasileira uma inimiga nada sutil do meio ambiente, a ministra Dilma Rousseff, “recém-chegada à questão climática”, como o disse Miriam Leitão aqui no Diario. Segundo Miriam, que assistiu à COP-15, a ministra Dilma “imprimiu à atuação brasileira um amadorismo insensato. Além disso, neutralizou alguns dos nossos mais bem treinados negociadores”. E ainda cometeu ato falho, registrado no noticiário da Rede Globo, afirmando: “O meio ambiente é, sem dúvida nenhuma, uma ameaça ao desenvolvimento sustentável”. Inacreditável? Não. Essa foi sempre sua postura – inclusive tendo levado adiante iniciativas que a então ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, não aprovava. O presidente Lula sempre comungou da mesma perspectiva, haja vista sua declaração em Mato Grosso, dia 21.11.07, na inauguração de uma usina de biodiesel, quando afirmou de cátedra que o meio ambiente é um “entrave” ao desenvolvimento. Será que ele adota agora uma visão radicalmente distinta, como a do sócio-ambientalismo?

A ida de uma multidão de gente absolutamente supérflua na comitiva brasileira para a COP-15 mostra como estamos distantes de um compromisso sério com o uso prudente, moderado, parcimonioso dos recursos da natureza (e das verbas do Tesouro). Se, pelo menos, esses contemplados com o passeio à Dinamarca se inspirassem nas soluções inteligentes e sustentáveis do modelo dinamarquês de vida, seria pelo menos alguma coisa. Mas não ouvi de ninguém que esteve lá sob as bênçãos do Erário comentários sobre a vida frugal, o transporte público de qualidade, as ciclovias de Copenhague. Ouvi, sim, do presidente do Partido Verde em Pernambuco, Sérgio Xavier (que foi à COP-15). Ele, no Blog de Jamildo de 19 do corrente tratou exatamente disso, sugerindo a implantação de uma grande malha de ciclovias no Recife (integrada com o transporte público). “Copenhague é do tamanho do Recife e é exemplar nisso”. Afinal, palavras sensatas de alguém que tem compromissos ecológicos genuínos.