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Randolfe lança pré-candidatura à Presidência pelo PSOL

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) lançou ontem sua pré-candidatura à Presidência da República. Com o discurso de que será um candidato “legitimamente de esquerda”, o senador disse que seu objetivo é fazer um contraponto às demais candidaturas já colocadas para 2014.

O PSOL ainda vai definir o nome de seu candidato à Presidência em congresso que será realizado no final de novembro. A ex-deputada Luciana Genro (PSOL-RS) vai disputar internamente com Randolfe a candidatura da sigla ao Palácio do Planalto -mas o senador tem o apoio da cúpula da sigla, incluindo o presidente Ivan Valente (PSOL-SP).

Randolfe disse que sua candidatura não será de “protesto” e sua disposição é entrar na disputa para ser eleito ao Palácio do Planalto -se o PSOL formalizar o seu nome. “Eu quero no dia primeiro de janeiro de 2015 subir a rampa do Planalto como presidente eleito. Vamos disputar para isso.”

Valente afirmou que Randolfe deve ser escolhido por ser jovem e disposto a viajar pelo país para divulgar as bandeiras do PSOL. O presidente da sigla disse que não há espaço para o PSOL fazer candidaturas de protesto depois que o partido elegeu o governador do Amapá e quase chegou à Prefeitura do Rio de Janeiro. “O PSOL está em processo de crescimento”, afirmou.

A principal bandeira da campanha do senador será a ampliação dos gastos públicos e investimentos em saúde e educação se conseguir ser eleito, na contramão do que prega o governo federal. Randolfe disse que a presidente Dilma Rousseff, que deve disputar a reeleição, e os pré-candidatos Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE) são “reféns” do tripé econômico internacional (câmbio flutuante, superavit primário e meta inflacionária).

“O dogma das metas de inflação, altas taxas de juros e câmbio flutuante são bandeiras comuns de todos os candidatos. Todos são contra ampliar os investimentos públicos. Como não ter agentes de saúde mesmo com o povo precisando de mais atendimento na saúde, mas ter recursos para favorecer o mercado financeiro? Nós sabemos a quem vamos atender”, afirmou.

A posição de Randolfe é oposta à do Palácio do Planalto, que fez esta semana um “pacto” com seus aliados para reduzir os gastos públicos e não aprovar projetos de impacto nas contas públicas. Dilma pediu que os governistas não aprovem no Congresso propostas como a que cria um piso salarial para agentes de saúde e a chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 300 -que aumenta salários de policiais.

O PSOL vai tentar firmar coligação com o PSTU e o PCB, dois partidos de esquerda, mas ambos já sinalizaram que terão candidatos próprios à Presidência. A cúpula do PSOL diz que fará uma campanha presidencial de baixo custo, com o apoio de sua militância, sem a doação de grandes empresas –como as do agronegócio, bancos ou instituições financeiras, empreiteiras e as que detém monopólios internacionais.

“Não vai ter jatinho, vamos voar de aviões de carreira, andar de barco, até na caçamba de caminhão”, disse a ex-senadora Marinor Brito (PSOL-PA).

Fonte: Folhapress