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PSB nacional adia para fevereiro definição sobre alianças nos Estados

Depois do PT, que neste mês de janeiro decidiu mergulhar sobre as movimentações das regionais do partido, é a vez do PSB adotar a mesma estratégia. Com muitas especulações sobre divergências com sua possível vice, a ex-senadora Marina Silva (Rede), o governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos afirma que as definições só devem ser anunciadas em fevereiro.

Até lá, o presidenciável vai se concentrar nas diretrizes do programa de governo. Depois disso, o partido vai elaborar um documento que será referência para a definição da estratégia eleitoral para este ano. Mas a tendência é que o mês de fevereiro seja de intenso debate eleitoral, com a realização de seminários para debater o programa país afora.

O documento, que está sendo elaborado pelo PSB e pela Rede, será apresentado posteriormente ao PPS e o PPL. Em mais de 20 Estados não há divergências entre PSB e a Rede Sustentabilidade. No Espírito Santo, algumas rusgas surgiram entre as lideranças dos dois partidos.

Aliás, a Rede no Espírito Santo tem problemas de diálogo interno e externo desde que começou a ser construída no ano passado. As divergências entre os mais radicais e o chamado grupo “Esquerda Democrática” se estenderam ao logo do ano.

Depois da aliança com o PSB, do governador Renato Casagrande, as divergências se acentuaram já que para alguns membros da Rede há uma tentativa de domínio dos socialistas capixabas sobre os integrantes da Rede, que querem manter a autonomia partidária.

Pelo lado socialista, o adiamento da decisão é uma vantagem para o governador Renato Casagrande, que ganhará mais tempo para articular com sua base e diminuir as indisposições entre divergentes partidos que compõem a base.

Para o PSB nacional, o maior desafio está em São Paulo. Campos quer um acordo com o governador Geraldo Alckmin, mas lideranças da Rede paulista se opõem em apoiar o tucano e defendem a ideia de o partido lançar candidato próprio. Além de São Paulo, o grupo da ex-senadora Marina Silva também insiste em ter candidatura própria em Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.

Lideranças ligadas ao PSB nestes estados reclamam que a indefinição dá munição aos adversários de Campos.

Fonte: Século Diário