Muitos contestam que o Brasil não é um país independente; que o Grito do Ipiranga foi uma farsa; que existem desigualdades, uns sendo beneficiados em detrimento de outros.
Precisamos refletir e chegar à conclusão que nada se consegue de um dia pro outro; sem o exercício contínuo da busca; sem sofrimentos e perdas.
Não podemos concordar, por exemplo, que a independência dos escravos ocorreu de forma completa com a Lei Áurea de 1888, pois ainda hoje convivemos com divisões, discriminações, segregações…
Sabemos que jamais vamos chegar à plenitude, ao absolutismo, à perfeição, porém é preciso que busquemos sempre esse caminho, combatendo os males que afligem a sociedade. Temos de ter consciência da necessidade de acolhermos os irmãos, independentemente do lugar onde nasceram. As fronteiras são para demarcarem territórios, leis, costumes, etc. e não para isolamento daqueles que querem um lugar para viver dignamente.
Neste dia que comemoramos o grito do início da liberdade de nosso povo, possamos compreender que não devemos caminhar sozinhos. É preciso que olhemos para quem está ao nosso lado ou em qualquer lugar clamando que lhe estendamos às mãos.
E viva o caminho da liberdade!
Escrito por Alvinho Patriota
Em um 7 de setembro como hoje, quando vivíamos os anos duros de chumbo e eu ainda era considerado um adolescente, deparei-me com o livro O Quinze, de Raquel de Queiroz. Foi uma leitura de “uma sentada”, vap-tvupt “.
Eu já havia “consumido” Vidas Secas, de Graciliano Ramos e Capitães de Areias, do baiano Jorge Amado. Ele, que foi deputado federal constituinte de 1945, tido como comunista assumido e que se “abraçou com o diabo” ao firmar uma amizade adesão política com Antonio Carlos Magalhães, o famoso ACM, vice-rei do Nordeste e metido a dono da Bahia,
Imagine que o adolescente estava vivendo uma época de muita turbulência no advento do golpe militar de 1964, quando figuras populares como o presidente João Goulart e nosso querido governador Miguel Arraes foram depostos.
Com essa vivência e consciência não tive como seguir outro caminho: NÃO TENHO como conviver com os reacionários que colaboraram com o regime de 1964.
Em contrapartida, há um punhado de oportunistas, com origem na Arena, que se autodenominam ” socialistas”. Imaginem !