A polícia quer explicações da prefeitura sobre a corda de nylon que causou duas mortes na Ponte da Vila Maria na Zona Norte. O acidente foi na pista sentido bairro que está interditada para obras desde sexta-feira (16).
A ponte da Vila Maria, na marginal Tietê, está com obras emergenciais em duas das quatro vigas de sustentação danificadas por caminhões que não respeitam o limite de altura.
A pista central sentido Castello e o acesso da ponte para o sentido do bairro estão fechados. As vítimas estavam de moto e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) disse que elas furaram o bloqueio e ignoraram os agentes de trânsito.
O acidente ocorreu pouco antes das 3h. Segundo a CET, os motociclistas ignoraram dois bloqueios de interdição e entraram na ponte da Vila Maria, no sentido do bairro.
Quando eles estavam mais ou menos no meio da pista, uma corda de nylon atingiu o pescoço dos dois. Com o impacto, William de Souza Falcão foi decapitado e Paulo de Barros Silveira sofreu um corte profundo no pescoço. A corda estava amarrada nas grades. A do lado direito da pista foi arrancada com a violência da batida.
A CET disse que não houve falha na sinalização. De acordo com a empresa, 50 cones foram colocados nos acessos à ponte, além de agentes trânsito.
No entanto, enquanto a reportagem gravava na ponte, flagrou uma kombi branca passando normalmente pela pista interditada.
O caso está sendo investigado pela polícia. O boletim de ocorrência foi registrado na delegacia como homicídio culposo, sem intenção de matar.
Apesar de o acidente ter acontecido no momento em que ponte estava interditada para passagem de veículos, a polícia quer saber quem deu a ordem para amarrar uma corda de nylon – que é um material resistente – de um lado ao outro da pista.
Questionada, a CET não explicou qual era a finalidade da corda de nylon e disse que vai levantar informações sobre a kombi que também furou o bloqueio. A prefeitura disse que aguarda a conclusão da investigação policial e que os agentes municipais envolvidos na obra e na sinalização colaboram com as investigações.
Fonte: G1