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‘Pfizer tenta desconstruir trabalho de imunização no Brasil’, diz governo

O governo federal, em nota publicada pelo Ministério da Saúde, fez duras críticas a Pfizer, empresa que desenvolveu e comercializa uma das vacinas contra a COVID-19, junto à BioNtech. De acordo com o comunicado, a farmacêutica ofereceu uma quantidade inicial de doses consideradas insuficientes para imunizar a população do Brasil, ao mesmo tempo em que teria pedido que fosse isenta de eventuais atrasos na entrega.

De acordo com o Executivo, a empresa se comprometeu a entregar 2 milhões de doses da vacina no primeiro semestre. No entanto, para firmar o contrato, teria exigido que “o Brasil renuncie à soberania de seus ativos no exterior”, além de que o país “constitua um fundo garantidor com valores depositados em uma conta no exterior”.

No texto, o governo federal confirma que realizou inúmeras reuniões com representantes da Pfizer no Brasil desde agosto do ano passado. E acusa os funcionários da empresa de criarem barreiras para que o negócio fosse fechado.

“Os representantes da Pfizer tentam desconstruir um trabalho de imunização que já está acontecendo em todo o País. Criando situações constrangedoras para o Governo Brasileiro, que não aceitarão imposições de mercado – o que também não será aceito pelos brasileiros”, destaca a nota.

Apesar dos embates, o Executivo afirma que mantém as negociações com a Pfizer, mas lembra que reservou uma cota de 46 milhões de doses do Instituto Butantan e que a Fiocruz deve produzir 100 milhões de doses da vacina de Oxford no primeiro semestre e 110 milhões no segundo.

Fonte: Estado de Minas