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PF e Justiça estão convencidos de varreduras contra Lava Jato

A Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça Federal estão convencidos que as varreduras de policiais legislativos nas casas de parlamentares foram feitas para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

Essa convicção vai de encontro à declaração do presidente do Senado, Renan Calheiros, que afirmou que as atividades da Polícia Legislativa em varreduras de escutas ambientais “restringem-se à detecção de grampos ilegais, conforme previsto no regulamento interno”.

A investigação mostrou que as varreduras eletrônicas eram feitas em casas de parlamentares que haviam acabado de serem alvo de operações de busca e apreensão da Lava Jato.

O apartamento do senador Collor, por exemplo, foi um dos revistados logo após a ida de agentes da PF ao local. “A intenção foi frustrar o trabalho que estava ocorrendo lá”, disse uma fonte à reportagem.

Além disso, a Polícia Federal (PF) descobriu que policiais legislativos foram mandados para o Maranhão para fazer uma varredura na casa do então genro do ex-senador Edison Lobão Filho.

As provas juntadas nas investigações incluem documentos, passagens aéreas, registro de uso dos celulares dos acusados nos lugares de varredura, além de provas testemunhais.

Tanto o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, quanto o diretor-geral da PF, Leonardo Daiello, enfatizaram que a Operação Métis, que investiga as varreduras de policiais legislativos nas casas de parlamentares, está sendo realizada em parceria entre as polícias Federal e Legislativa.

As investigações começaram após a denúncia de policiais legislativos que se recusaram a fazer as varreduras por considerarem ilegais e alertaram a força-tarefa da Lava Jato sobre o fato.

Fonte: EXAME