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PF abre quarta fase da ‘Carne Fraca’ e mira propinas de R$ 19 milhões para fiscais agropecuários

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram, na manhã desta terça, 1, a quarta fase da Operação Carne Fraca, batizada de Romanos. A investigação apura crimes de corrupção passiva cometidos por auditores fiscais agropecuários federais que teriam recebido propinas para atuarem em benefício da BRF. Segundo a PF, há indicativos de que foram destinados R$ 19 milhões para os pagamentos indevidos.

Cerca de 280 Policiais Federais cumprem 68 mandados de busca e apreensão em nove Estados: Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Entre os alvos de buscas está a empresa União Avícola Agroindustrial, controlada pelo ex-senador Cidinho Santos. A companhia teria sido utilizada pela BRF para repassar propina para fiscais agropecuários federais.

As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR).

De acordo com a Polícia Federal, o inquérito tem como base a colaboração da BRF, que indicou que ao menos 60 auditores teriam recebido propinas.

Os valores eram pagos em espécie, por meio do custeio de planos de saúde e até mesmo por contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas, diz a PF.

A corporação indicou ainda que o esquema teria sido interrompido em 2017, quando o grupo alimentício passou por uma reestruturação interna.

Segundo a PF, o nome da operação faz referência a passagens bíblicas do Livro de Romanos, ‘que tratam de confissão e Justiça’.

Fonte: Blog do Fausto Macedo