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Pelo menos 20 cidades mineiras são atacadas por criminosos nas últimas 24 horas

Depois de série de ataques a ônibus em Uberaba e Uberlândia, as duas maiores cidades do Triângulo Mineiro, ainda no fim da tarde e início da noite de domingo, a madrugada desta segunda-feira foi marcada por incêndios criminosos em pelo menos outras 20 cidades, sendo 11 no Sul de Minas, Belo Horizonte e Santa Luzia, na Grande BH, e Araxá, no Alto Paranaíba. No Sul do estado, a Polícia Militar registrou ocorrências em Brasópolis, Varginha, Alfenas, Guaxupé, Pouso Alegre, Itajubá, Ouro Fino, Passos, Poços de Caldas, Três Corações e Monte Santo de Minas. Conceição das Alagoas e Campo Florido, também no Triângulo, e Lagoa da Prata, no Centro-Oeste mineiro, complementam o mapa da violência.

Em Cruzília, também no Sul de Minas Gerais, houve ataque, mas não aconteceu incêndio. Bandidos dispararam 12 tiros contra a fachada da Delegacia de Polícia Civil da cidade. O mesmo aconteceu em Campo Florido, onde a Câmara Municipal teve sua recepção destruída. Em Passos, além do ataque a um coletivo, também houve disparos: dez tiros contra um ponto de registro de ocorrência da PM na cidade. 

Ainda em Passos, criminosos atearam fogo à Câmara Municipal na madrugada de ontem. De acordo com a Polícia Militar, o vigilante do prédio contou que sentiu cheiro de fumaça por volta da 1h30 e encontrou o plenário da Casa em chamas. Ele conseguiu apagar o fogo com água e apenas alguns móveis foram danificados. Os responsáveis pelo incêndio usaram uma pedra para quebrar a vidraça da Câmara e atear fogo. A perícia da Polícia Civil recolheu uma garrafa pet com resquícios de combustível. Ainda segundo a PM, o responsável pelas câmeras de segurança disse que um problema técnico no equipamento impediu que o fato fosse gravado. 

No incêndio registrado em Itajubá, no Sul de Minas, o boletim de ocorrência registrado pela PM traz a informação de um bilhete deixado com o motorista. Na anotação, bandidos reclamam de opressão no presídio da cidade e também reclamam de problemas no presídio federal de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Segundo a PM, a carta é assinada por uma facção criminosa paulista com atuação nacional. 

A Polícia Militar admite a possibilidade de ataques orquestrados por ordem de facções criminosas, porém, a corporação também aponta a probabilidade de atuação dos chamados “espelhadores”. Segundo a PM, são pessoas que ao verem a situação de ataques ocorrendo em diferentes lugares do estado, também passam a cometer crimes semelhantes. 

De acordo com o major Flávio Santiago, assessor de imprensa da PM, 30 pessoas foram conduzidas pelos crimes em todo o estado, sendo que oito já haviam tido a prisão em flagrante confirmada até 12h. Somando com o ataque em Cruzília, em que não houve registro de ônibus ou carros incendiados, 20 cidades foram alvo de bandidos e 29 coletivos foram vandalizados.   

Fonte: Estado de Minas