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PCC avança fronteira no maior roubo da história do Paraguai; três suspeitos foram mortos

20170425091219273766oAs polícias do Brasil e do Paraguai acreditam que o Primeiro Comando da Capital (PCC) está envolvido no assalto milionário à empresa de transporte de valores Prosegur, em Ciudad del Leste, no Paraguai, na madrugada de ontem. Pelo menos 30 homens usando armamento de guerra – como metralhadora ponto 50 (capaz de derrubar helicóptero), fuzis e explosivos – roubaram US$ 40 milhões (R$ 120 milhões). Um policial e três bandidos morreram e quatro pessoas ficaram feridas na ação e na perseguição. O assalto é apontado como o maior da história do Paraguai.

Segundo a polícia do Paraguai, por volta da 0h30, grupos divididos em vários veículos cercaram os acessos à transportadora e derrubaram os muros com explosivos e tiros de fuzis e metralhadoras. A ação durou quatro horas e os bandidos queimaram carros e jogaram pregos (miguelitos) na via para dificultar a chegada dos policiais. Parte da quadrilha conseguiu cruzar a fronteira e passar para o lado brasileiro por volta do meio-dia, via Lago de Itaipu. No caminho, trocaram tiros com a polícia. Três bandidos acabaram mortos e as armas usadas na ação foram apreendidas.

Veículos foram roubados para fuga e propriedades rurais, invadidas. Um homem acabou ferido com dois disparos ao tentar embarcar para São Paulo na rodoviária de São Miguel do Iguaçu, onde foi preso. A polícia acredita que os membros do grupo se dividiram na fuga e apenas 10 a 12 integrantes teriam passado para o lado brasileiro.

O ministro do Interior do Paraguai, Lorenzo Lescano, disse que “tudo aponta para o PCC”. Ele ressalta que os veículos usados tinham placas do País e os atacantes fizeram diálogos fluentes em português. “Vão, vão, não olhem para trás”, diziam às testemunhas.

O clima em Ciudad del Este após o assalto era de tensão. A residência de um casal de idosos na frente da empresa foi parcialmente destruída. Com medo, Alejandro Anisimoff e a mulher permaneceram por três horas escondidos embaixo da cama. Nove escolas municipais suspenderam as aulas. O mesmo aconteceu na Universidade UPAP, onde estudava o policial morto, Sabino Benítez.

Fonte: Agência Estado