No primeiro debate da Rádio Jornal de Recife realizado na manhã desta terça-feira, 28, o governador candidato à reeleição, Paulo Câmara (PSB), e o seu principal opositor, o senador Armando Monteiro (PTB), disputaram para convencer a população quem tem mais apreço por Lula (PT) em Pernambuco. Deixando de lado os outros participantes, Maurício Rands (PROS) e Dani Portela (PSOL), os dois travaram alguns embates na rádio.
Socialista e petebista trocaram acusações sobre o processo de impeachment de Dilma em 2016. Em uma oportunidade, Armando lembrou que Paulo apoiou o impedimento da petista e questionou se ele se arrependia por ter votado em Aécio Neves em 2014, tirado Marília da disputa no atual pleito e ter apoiado a reforma trabalhista.
Câmara negou que tenha rifado Marília, alegando que o PSB e o PT fizeram uma ampla aliança nacional em apoio à candidatura de Lula. Em seguida ligou o palanque de Armando ao governo de Michel Temer. Sobre o impeachment, argumentou que o PSB defendia a saída de Dilma e Temer do governo, mas não foi possível.
“Nós apoiamos Lula sim, porque Lula ajudou o Brasil, ajudou Pernambuco e vai ser um grande presidente nos próximos anos (…). Diferente do seu palanque, que defende essa política que Michel Temer implantou. A gente sabe muito bem que o impeachment não foi bom para o Brasil. Naquele momento o meu partido decidiu que era importante a Dilma e o Temer saírem e termos uma eleição direta, mas isso não foi possível”, justificou o socialista, citando que o petebista tem ex-ministros de Temer em sua chapa.
Ao receber a palavra novamente, Armando fez questão de afirmar que foi leal a Lula e votou contra o impeachment. “Eu fui leal, eu votei contra o impeachment e fiquei até o último momento com o presidente Lula e, evidentemente, solidário a presidente Dilma. Quero dizer a você que sempre me pautei por uma postura de lealdade, não mudo de posições ao sabor do cálculo eleitoral. Quanto ao palanque de Temer, você constituiu o governo de Temer. Os votos do PSB de Pernambuco foram decisivos. O seu partido participou do governo com um ministério importante”, acusou.
O debate foi dividido em quatro blocos e teve participação apenas dos candidatos de partidos com, no mínimo, cinco parlamentares no Congresso Nacional. Ficaram de fora: Júlio Lóssio (REDE), Ana Patrícia Alves (PCO) e Simone Fontana (PSTU). A emissora de rádio reservou o primeiro bloco para a apresentação dos candidatos, o segundo para perguntas de jornalistas do veículo de comunicação, o terceiro para perguntas entre os postulantes e o quarto para questionamentos de jornalistas e considerações finais.
Da redação do Blog Alvinho Patriota
