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Parceria entre Pernambuco e Petrobras no centro das denúncias da Refinaria

Prestes a iniciar sua operação oficial em novembro, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest) está no centro das denúncias do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, envolvendo políticos brasileiros, entre eles o ex-governador Eduardo Campos. Em matéria publicada pelo jornal O Globo, Costa teria revelado concessão de vantagens financeiras, ampliação de prazos e supressão de compromissos assumidos por Pernambuco num acordo firmado com a petrolífera.

A Petrobras e o governo de Pernambuco firmaram acordo em agosto de 2008 para a construção de um pacote de cinco obras de infraestrutura para atender à Rnest. A lista inclui a construção de dois píeres petroleiros (R$ 366 milhões), de uma via expressa (R$ 450 milhões), o reforço dos cabeços (R$ 165 milhões), duplicação da PE-60 (R$ 90 milhões) e dragagem do canal de acesso (R$ 340 milhões), totalizando investimento de R$ 1,4 bilhão.

Do conjunto de obras, a dragagem do canal de acesso acabou provocando querela entre os governos estadual e federal. Os R$ 340 milhões não foram suficientes para concluir a obra e garantir profundidade para Suape receber petroleiros de grande porte. Com o calado atual, só é possível atracar embarcações médias, com até 90 mil toneladas de porte bruto (tpb). O volume é quase metade de um grande petroleiro de 150 mil tpb. Para concluir a obra, será necessário investimento de R$ 98,5 milhões.

A diretoria de Suape diz que em 2013 concluiu os cinco grupos de obras necessárias à operação da refinaria. “(…) a dragagem do canal de acesso do porto está com 98% de execução. O restante a ser dragado depende de nova licitação a ser realizada, ainda sem previsão. No entanto, a atual profundidade do canal permite a operação de petroleiros que atenderão a refinaria sem qualquer restrição”, diz o texto.

Fonte: JC Online