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Oposição quer investigar Geddel; Jucá diz que tentativa é fato político

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), informou hoje (21) que seu partido, em associação com o PCdoB e a Rede, pretende entrar com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

Os oposicionistas querem que a PGR investigue se Geddel teria cometido crime de advocacia administrativa por, supostamente, pressionar o então Ministro da Cultura, Marcelo Calero, para que interviesse junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para liberar a construção de um prédio em Salvador.

Calero pediu demissão na última sexta-feira (18), alegando motivos pessoais. Depois, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, afirmou que tinha sido pressionado por Geddel para intervir pela liberação da obra. Geddel disse que comprou um apartamento no edifício, mas negou ter pressionado Calero.

Para o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), a oposição está tentando criar um fato político que “não vai embaraçar a atuação do governo”.

Em reunião nesta segunda-feira, a Comissão de Ética Pública da Presidência da República analisou as declarações de Marcelo Calero, mas adiou a decisão porque o conselheiro José Saraiva pediu vista do processo. Segundo Jucá, o próprio Gedel solicitou a retirada do pedido de vista.

“Interessa ao ministro Geddel e interessa ao governo que esse assunto seja esclarecido”, afirmou Jucá. “Nós estamos aguardando os esclarecimentos necessários, e acho que este é um fato pontual, que não deve atrapalhar de maneira nenhuma o funcionamento do governo. É uma questão que deve ser esclarecida, e vamos aguardar a posição do minsitro, e a posição da Comissão de Ética.”

Jucá ressaltou que a base governista continua unida em torno das ações “graves e sérias” que tem para tratar e não deve se abalar por causa do episódio. “O governo está firme no seu objetivo, no seu rumo traçado, e nós não vamos sair do foco. Eventualmente, se qualquer questão pontual surgir sobre qualquer ministro, deverá ser tratada também de forma pontual. Sem tirar o governo do seu rumo”, enfatizou.

Fonte: ÉPOCA