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ONU diz-se “extremamente preocupada” com xenofobia na África do Sul

Violência contra imigrantes em Durban e Johanesburgo atinge níveis alarmantes, deixando seis mortos e mais de 5 mil desalojados. Estrangeiros são acusados de roubar empregos dos sul-africanos.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) manifestou-se nesta sexta-feira (17/04) “extremamente preocupado” com a onda de violência xenófoba na África do Sul e as condições de abrigo das vítimas de ataques.

Em nota, o Acnur manifestou sua consternação, apesar de reconhecer os esforços do governo para conter a xenofobia no país. A agência da ONU estima que os incidentes violentos que atingem as cidade sul-africanas de Durban e Johanesburgo já deixaram seis mortos e desalojaram mais de 5 mil estrangeiros.

Nesta quinta-feira, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, pediu o fim da violência. “Nenhum nível de frustração ou raiva justifica os ataques contra cidadãos estrangeiros e o saque de suas lojas. Condenamos veementemente a violência e os ataques, que contrariam todos os valores incorporados pela África do Sul”, declarou.

“A polícia trabalha dia e noite para proteger os cidadãos estrangeiros e deter os saqueadores e os que cometem atos de violência”, prosseguiu Zuma.

Os imigrantes são acusados de roubar os empregos dos sul-africanos, num país cujo índice de desemprego se aproxima de 25%. As autoridades aumentaram a presença de policiais nas ruas, e forças de segurança estão em alerta máximo em Durban.

Na cidade, milhares de manifestantes foram às ruas nesta quinta-feira para participar de manifestações contra a xenofobia, carregando bandeiras da África do Sul e de outros países africanos, como Moçambique, Etiópia e Tanzânia, além de cartazes com os dizeres “África Unida” e “Parem Com a Xenofobia”. Entre os manifestantes havia estudantes, políticos e líderes religiosos, que se dizem chocados e revoltados com os ataques aos estrangeiros que vivem no país.

Fonte: Terra