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ONU condena bombardeio a hospital que matou 19 no Afeganistão

Um suposto ataque aéreo americano a um hospital da cidade afegã de Kunduz matou 19 pessoas neste sábado, informou a organização humanitária Médicos sem Fronteiras (MSF), um bombardeio que a ONU classificou de indesculpável.

Os Estados Unidos prometeram “uma investigação completa do ataque” ao hospital, que vinha funcionando além de sua capacidade, durante combates em que o talibã tomou por vários dias o controle da capital provincial.

O ataque deixou o prédio em chamas e dezenas de pessoas gravemente feridas. Fotografias publicadas pela MSF mostram funcionários da ONG em estado de choque.

Segundo a MSF, o bombardeio prosseguiu por mais de 30 minutos depois que a ONG avisou aos exércitos americano e afegão que estava sendo atingida por projéteis.

O alto comissário para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Zeid Ra’ad Al Hussein, pediu uma investigação completa e transparente dos fatos, e assinalou que, diante de uma corte de Justiça, “o bombardeio a um hospital pode ser considerado crime de guerra”.

“Este fato é totalmente trágico, indesculpável e, inclusive, criminoso”, acrescentou Zeid em um comunicado.

O secretário de Defesa americano, Ashton Carter, afirmou que foi aberta uma “investigação exaustiva” do bombardeio, mas não informou se o ataque foi realizado pelas forças americanas.

Carter assinalou que “as forças americanas, em apoio às forças de segurança afegãs, operam perto do local, assim como os talibãs”.

O Ministério da Defesa afegão lamentou o ataque, mas informou que “um grupo de terroristas armados vinha usando o prédio do hospital como posição para atingir forças afegãs e civis”.

No momento do bombardeio, 105 pacientes e pessoal sanitário e mais de 80 funcionários internacionais e locais se encontravam no hospital.

Fonte: EM