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Número de mortos em confronto entre polícia boliviana e apoiadores de Evo sobe para 9

Subiu para 9 o número de mortos nos confrontos entre forças de segurança e produtores de coca bolivianos leais ao ex-presidente Evo Morales na noite de sexta-feira (15), disse o ouvidor regional à Reuters, levando Morales a denunciar um “massacre”. Os confrontos também deixaram mais de 100 feridos.

No Twitter, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos condenou o uso desproporcional da força e disse que o Estado tem obrigação de garantir o direito à vida e à integridade física daqueles que protestam pacificamente.

Milhares de apoiadores de Evo Morales tentavam chegar à cidade de Cochabamba para se opor ao governo interino de Jeanine Áñez, que se declarou presidente. A mobilização foi interceptada no rio Huayllani, perto de Sacaba, onde houve o confronto.

Morales renunciou sob pressão da polícia e das Forças Armadas da Bolívia no domingo passado, depois que relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA) apontou fraude eleitoral na vitória do então presidente na votação de 20 de outubro. Ele então se asilou no México.

Pelo Twitter, Evo, que está asilado no México, pediu “às forças armadas e à polícia boliviana que parem o massacre”.

Segundo a AFP, o comandante da Polícia de Cochabamba, coronel Jaime Zurita, disse que os manifestantes “portavam armas, escopetas, coquetéis molotov, bazucas caseiras e artefatos explosivos”.

“Estão usando dinamite e armamento letal como (fuzis) Mauser 765. Nem as forças armadas, nem a polícia têm esse calibre, por isso estou alarmado”, acrescentou Zurita.

O ex-presidente chamou sua saída do poder de “golpe” e criticou as crescentes acusações de repressão dura pelas forças de segurança bolivianas.

“Os líderes do golpe massacram povos indígenas e humildes porque elas pedem por democracia”, disse Morales no Twitter na sexta-feira, após relatos de mortes.

Fonte: G1