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MPF pede que PGR investigue Flávio Bolsonaro por desobediência

O MPF (Ministério Público Federal) encaminhou ontem à PGR (Procuradoria-Geral da República) a documentação relacionada a um possível crime de desobediência cometido pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). O parlamentar faltou a uma acareação marcada para ontem à tarde com o empresário Paulo Marinho na sede do órgão, no centro do Rio.

O UOL teve acesso ao documento encaminhado à PGR. Nele, o procurador Eduardo Santos de Oliveira Benones diz que só foi informado da ausência de Flávio às 13h22 de segunda-feira (21), às vésperas da acareação, por uma petição enviada pela defesa do senador. Como ele tem foro privilegiado, o caso será analisado em instância superior. O MPF entende que o senador cometeu o crime ao descumprir uma ordem de autoridade legalmente constituída e que só poderia ter faltado por doença.

“[A defesa informou] a impossibilidade de comparecimento, sem qualquer justificativa fático-jurídica nova e plausível, limitando-se a reiterar os argumentos do petitório anterior, os quais já haviam sido tempestivamente analisados por este membro oficiante, e sugerindo a remarcação do ato para a data de 5 de outubro”, um dos trechos do documento.

No texto, o MPF ainda contesta a importância da agenda para a atividade do senador. “Não foi declinado formalmente nenhum compromisso oficial que importasse em conflito real entre o exercício da atividade parlamentar e a necessidade de realização do ato investigatório”, cita.

Flávio apareceu segunda com o irmão Eduardo Bolsonaro em um vídeo ao lado do apresentador Sikêra Jr., em visita à sede da TV A Crítica, no Amazonas. Nas imagens, publicadas por Sikêra Jr. e pela própria emissora nas redes sociais, os dois filhos do presidente Jair Bolsonaro cantam, em tom deboche, uma paródia direcionada a “maconheiros” e de conotação sexual.

Fonte: UOL