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Ministério do Esporte diz que vai acionar PF para investigar denúncia de propina

Em nota complementar à defesa feita pelo ministro Orlando Silva, em Guadalajara, o Ministério do Esporte anunciou que irá acionar a Polícia Federal para investigar denúncias de propina na pasta, quer divulgadas hoje em matéria da revista “Veja”. O pedido já foi feito ao ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e terá como alvo denúncias feitas pelo policial militar João Dias em entrevista à revista.

– Tenho a certeza de que ficará claro de que tudo o que ele diz são calúnias – diz o ministro do Esporte, na nota.

Segundo a nota, por meio da Associação João Dias de Kung Fu e da Federação Brasiliense de Kung Fu, o policial teria firmado dois convênios, em 2005 e 2006 para atendimento a crianças e jovens, dentro do Programa Segundo Tempo. Como o contrato não teria sido cumprido, o Ministério determinou a suspensão dos repasses em junho de 2010 , com a instauração de Tomada de Contas Especial, enviando todo o processo ao TCU. O ministério exige a devolução de R$ 3,16 milhões, atualizados para os valores de hoje.

“A avaliação do ministro do Esporte é de que foi esse o motivo para João Dias fazer agora acusações de desvios de verbas do Segundo Tempo por um suposto esquema de corrupção no Ministério “, diz a nota , enfatizando que Orlando Silva afirma com veemência ser caluniosa a afirmação de João Dias de que houve entrega de dinheiro nas dependências do Ministério e pretende tomar medidas legais.

“João Dias já é réu em ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal, em decorrência das irregularidades na execução dos convênios denunciadas pelo Ministerio do Esporte. Em nenhum momento, o Ministério “amenizou” qualquer comunicado a Polícia Militar, como dá a entender o Sr. João Dias em entrevista a revista. Apenas considerou o rito do devido processo legal, que estabelece o direito de defesa do acusado. O comunicado final ao Batalhão da PM explicitou exatamente o que foi a medida tomada pelo Ministério do Esporte “, completa a nota.

Ainda na defesa do ministro Orlando Silva, a nota explica que o Programa Segundo Tempo atende a mais de um milhão de crianças e jovens em todo o Brasil, “é permanentemente auditado pelos órgãos de controle e qualquer denúncia consistente de irregularidade é apurada. O ministro Orlando Silva, desde que assumiu o Ministério, determinou o aperfeiçoamento constante do projeto, tanto do seu alcance como da forma de celebração dos convênios para sua execução. Em setembro passado, houve uma chamada pública, e a seleção final apenas contemplou entes públicos”.

Da Agência O Globo