O Magazine Luiza vai manter seu programa para seleção de trainees voltado para candidatos negros, mesmo após questionamentos feitos por parlamentares que afirmam que irão ao Ministério Público abrir representação contra a companhia por iniciativa que promove o racismo. A varejista diz ainda que já esperava a polêmica.
Patricia Pugas, diretora-executiva de gestão de pessoas do Magalu, afirma que a empresa já sabia que “nossa ação afirmativa iria desencadear discussões”.
— Por intermédio da Lu, nossa influenciadora virtual, e de um artigo do nosso CEO, Frederico Trajano, nos manifestamos nas redes, de forma contundente e transparente, sobre a legalidade do programa e a nossa intenção de levá-lo adiante: atacar a baixa representatividade negra em nossa liderança — diz ela.
O programa, continua a executiva, tem respaldo legal para ser implementado.
Críticas e elogios nas redes sociais
O processo de seleção anunciado pela varejista na última sexta-feira recebeu apoio e críticas nas redes sociais e chegou a ser um dos assuntos mais comentados do Twitter no sábado.
Os deputados federais Carlos Jordy (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ), como antecipou o blog Sonar, estão entre os que criticaram o processo, argumentando que a iniciativa não teria respaldo legal. Jordy afirma que vai apresentar representação ao Ministério Público para que o programa seja investigado pelo suposto crime de racismo.
Fonte: O Globo