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Justiça homologa delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci

O acordo de delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci foi homologado a tarde dessa sexta-feira (22) pelo desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4). Palocci foi um dos homens fortes dos governos petistas dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff. Ele foi ministro da Fazenda de Lula e da Casa Civil de Dilma.

Em abril, Palocci assinou o acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal de Curitiba e, desde então, aguardava a homologação da Justiça. O ex-ministro está preso na Superintendência da PF da capital paranaense desde 2016. Palocci foi condenado pelo juiz Sergio Moro em junho do ano passado a 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Com a delação, ele espera aliviar a pena.

O teor da delação premiada de Palocci ainda é desconhecido. Mas os rumores é de que ele implicará Lula e Dilma em outras suspeitas de corrupção. Em depoimento ao juiz Sergio Moro em setembro de 2017, Palocci disse que Lula firmou um “pacto de sangue” com o empresário Emílio Odebrecht no fim de 2010, último ano do petista Presidência, para receber R$ 300 milhões de propina. Palocci, na ocasião, embora ainda não tivesse firmado o acordo de delação, havia afirmado que queria colaborar com a Justiça.

Também em setembro de 2017, Palocci enviou uma carta à presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), reafirmando o que disse a Moro e pedindo sua desfiliação do partido por entender que o processo disciplinar interno aberto contra ele poderia punir “quem fala a verdade” e varrer “para debaixo do tapete” os “erros e ilegalidades”. Na carta, Palocci também disse ter ficado chocado ao ver que Lula sucumbiu “ao pior da política” e fez uma emblemática indagação: “Afinal, somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade?”

Fonte: Gazeta do Povo