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Jovem estuprada se sentiu desrespeitada durante depoimento na delegacia

Em entrevista exibida no Fantástico na noite deste domingo, 29, a jovem de 16 que sofreu um estupro coletivo na zona oeste do Rio de Janeiro, falou que se sentiu desrespeitada na delegacia durante o depoimento.

“Eram três homens dentro de uma sala de vidro, todo mundo que passava via. Ele botou na mesa as fotos, o vídeo exposto e falou ‘me conta aí’”, relembrou. “Ele perguntou se eu tinha o costume de fazer isso, se eu gostava de fazer isso. Eu parei imediatamente e falei: ‘não vou mais responder’”, continuou.

Ela afirmou ainda que está recebendo ameaças pelas redes sociais e que está “um pouco revoltada” com a repercussão do caso. “Tem pessoas falando que eu estou mentindo, sendo que eu estava desacordada no momento”, disse.

“Não interessa se eu tava com a roupa curta, onde eu estava, que horas eram”, continuou. “Não é nem questão de duvidar, elas falam que é mentira. São mulheres falando que eu procurei, que eu queria, sendo que poderia acontecer com elas”.

Sobre as fotos , áudios e vídeos que circulam na internet, ela afirma que tudo não passa de uma montagem feita por pessoas que querem incriminá-la para ficarem impunes.

Questionada pela repórter, a garota relembrou os fatos da noite do crime. “Quando eu acordei tinha um menino embaixo de mim, um menino em cima e dois me segurando. Eu comecei a chorar, tinham muitos homens, fuzil, pistola”, contou.

Ela disse também que não usou drogas no dia e que não contou depois pra família por vergonha.

Sobre o futuro, ela conta que só deseja esquecer o que houve e que também espera por justiça. “Quero esquecer aqueles momentos e tentar seguir em frente”.

Ao fim da entrevista, a repórter Renata Ceribelli perguntou o que ela deseja para os estupradores que a atacaram e a resposta foi enfática: “Desejo sinceramente uma filha mulher”.

Fonte: Catraca Livre