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Itamaraty entrega à Embaixada da Indonésia carta de repúdio à execução

Após a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira neste sábado (17), o secretário-geral do Itamaraty, Sérgio Danese, reuniu-se, em Brasília, com o embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto, para manifestar a “profunda inconformidade” com o fuzilamento. O Itamaraty voltou a dizer que o cumprimento da sentença de morte representa uma “sombra” nas relações entre os países.

Em nota, o Itamaraty informa que o governo brasileiro “manifesta sua profunda inconformidade com a execução do cidadão brasileiro e com o fato de que gestões do mais alto nível e apelos presidenciais à clemência em favor do condenado tenham sido ignorados pelas autoridades indonésias, em franco contraste com as relações de amizade e cooperação que os dois países têm procurado desenvolver historicamente”.

Archer, de 53 anos, foi executado na madrugada deste domingo (18) na Indonésia– 15h31 deste sábado (17), pelo horário de Brasília. O método de execução de condenados à pena de morte no país é o fuzilamento.

Depois da confirmação da morte, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, convocou uma entrevista coletiva para reiterar que o episódio representava uma “sombra” na relação entre Brasil e Indonésia.

“[A execução] cria uma sombra de dúvida, cria uma animosidade, dificuldade na relação bilateral”, afirmou Vieira. “Nunca questionamos o fato, a acusação, mas acreditamos que a clemência e a comutação da pena fossem esperadas”, completou.

Ele afirmou ainda que a presidente Dilma Rousseff tomou conhecimento da notícia da morte com “profunda consternação e tristeza” e que os pedidos de clemência da presidente foram feitos “na qualidade de chefe de Estado e também como mãe”.

Para o ministro, a pena de morte “é um instituto que não só fere preceitos constitucionais brasileiros como é contrário à índole e moral do povo brasileiro”.

Mais cedo, a presidente Dilma já havia divulgado uma nota em que dizia estar “consternada e indignada” com a execução do brasileiro.

Na sexta-feira, ela havia feito um apelo por telefone ao governante da Indonésia, Joko Widodo, para poupar a vida de Archer, mas não foi atendida. Widodo respondeu que não poderia reverter a sentença de morte imposta a Archer, “pois todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia e aos brasileiros foi garantido o devido processo legal”, segundo nota da Presidência.

Archer, que era instrutor de voo livre, havia sido preso em 2004 ao tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta. A droga foi descoberta pelo raio-x, no Aeroporto Internacional de Jacarta. Archer conseguiu fugir do aeroporto, mas duas semanas depois acabou preso novamente. A Indonésia pune o tráfico de drogas com pena de morte.

Fonte: G1

Um comentário sobre “Itamaraty entrega à Embaixada da Indonésia carta de repúdio à execução

  1. claudenor severino da silva

    O governo brasileiro tem qui deportá do nosso pais qualquer pessoa da indonésia qui tiver no nosso brasil,e cortar todos os laços qui tiver com aquele pais covarde.