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Grupo de Teatro Popular de Salgueiro não realizará Paixão de Cristo este ano por falta de recursos

A professora aposentada, teatróloga e coordenadora do Grupo de Teatro Popular de Salgueiro, Francisca Alves, conhecida como ‘Titica’, usou a tribuna da Câmara de Vereadores na manhã desta sexta-feira, 5, para anunciar que não haverá encenação da Paixão de Cristo em Salgueiro este ano. Falta de recursos financeiros e furto das peças do cenário, que estavam guardadas no Centro Social Urbano do bairro Divino Espírito Santo, são os principais motivos para a não apresentação. Em 2018 a peça foi assistida por mais de 5 mil pessoas na antiga estação ferroviária.

“Eu quero comunicar que este ano não haverá Paixão de Cristo em Salgueiro, que é uma tristeza muito grande. É uma luta que eu tenho desde 1996, depois que fiz uma oficina de teatro em Garanhuns e me encantei pelo teatro”, comunicou a atriz visivelmente emocionada. Após fazer um breve retrospecto de como criou o Grupo de Teatro Popular e o espetáculo da Paixão de Cristo Salgueiro, ela afirmou que não tem mais condições de arcar com os custos da apresentação do próprio bolso.

Titica lembrou que o Grupo de Teatro Popular foi contemplado nos últimos dois anos pelo Edital Pernambuco de Todas as Paixões, mas a Fundarpe demora muito a pagar. Por isso, em 2018 chegou a contrair um empréstimo de R$ 5 mil para remunerar cenógrafos do Cabo de Santo Agostinho, que ficaram hospedados em sua residência. Sem verba este ano, a coordenadora teatral não realizará a peça e pediu que os vereadores criem algum dispositivo para assegurar recursos ao grupo em 2020. “Se eu não fizer no ano que vem, eu vou perder a possibilidade de concorrer ao Edital Pernambuco de Todas as Paixões”, salientou.

Os vereadores parabenizaram a professora aposentada pela dedicação e garra, colocando-se à disposição para não deixar a Paixão de Cristo do Grupo de Teatro Popular acabar. Lembraram que a Câmara de Vereadores não pode legislar em questões que aumentem as despesas da prefeitura, mas frisaram que pretendem instituir no município o orçamento impositivo. Dessa forma, as emendas destinadas à área da cultura, por exemplo, deverão ser executadas obrigatoriamente pelo prefeito.  

Da redação do Blog Alvinho Patriota