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Governo quer liberar PIS para injetar R$ 15 bi na economia

O governo quer liberar o saque das contas do fundo PIS/Pasep para todos os trabalhadores, independente de idade, até o final de junho e estimular a economia neste ano.

O senador Lasier Martins (PSD-RS) apresentou uma proposta nesse sentido. A ideia é estimular a economia com R$ 15 bilhões adicionais. Na Medida Provisória original do governo, o saque estaria disponível apenas para os trabalhadores com mais de 60 anos. A versão do texto aprovada em comissão mista, na semana passada, estabeleceu que qualquer pessoa poderá sacar o dinheiro do fundo até 29 de junho deste ano. Depois disso, a idade mínima de 60 anos volta a valer.

Nesta quinta-feira (19), Dyogo de Oliveira, presidente do BNDES, que é agente encarregado de fazer a gestão e aplicar os recursos do PIS, disse que novos saques do fundo não devem trazer problemas ao fluxo de recursos do banco.

“A realidade é que temos visto que a velocidade desses saques tem sido bastante reduzida. A proposta é ampliar temporariamente a janela de saques para que se alcance os valores inicialmente previstos, em torno de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões. Não vejo isso como um grande problema para o BNDES”, disse ele, após participação de evento do Banco Mundial em Washington, nos EUA.

O texto prevê ainda que o governo poderá aumentar o prazo dos saques gerais, sem critério de idade, para até 28 de setembro. Segundo o relator, isso dará aos trabalhadores um tempo adicional caso a medida demore para ser aprovada em caráter definitivo no Congresso.

Pela proposta, poderão sacar recursos os trabalhadores cadastrados no fundo até 4 de outubro de 1988 e que ainda não retiraram o saldo total de cotas em suas contas individuais. O texto ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados e depois pelo plenário do Senado.

Com a medida, o governo quer estimular o crescimento do país que dá mostras de perda de fôlego neste início do ano. O governo prevê que a economia cresça 3% neste ano, mas o mercado vê alta menor, de 2,76%; o Fundo Monetário Internacional (FMI) é ainda menos otimista, prevê avanço de 2,3%.

Fonte: Destak Jornal