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Governo lança campanha que prega abstinência sexual contra gravidez precoce

A polêmica campanha anunciada pela ministra Damares Alves (Mulher, Saúde e Direitos Humanos), junto ao Ministério da Saúde, que traz a abstinência sexual como uma das formas de evitar a gravidez precoce, terá curta duração. Com o mote ‘Tudo tem seu tempo: adolescência primeiro, gravidez depois’, as peças publicitárias sobre o tema só devem ser veiculadas em TV aberta, outdoors e internet durante o mês de fevereiro – em razão da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que começou no último sábado, 1º. O investimento para a campanha foi de R$ 3,5 milhões.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 930 adolescentes e jovens dão à luz todos os dias, totalizando mais de 434,5 mil mães adolescentes por ano. O Brasil registra a maior taxa entre os países da América Latina e Caribe, chegando a 68,4 nascidos vivos para cada mil adolescentes e jovens.

Questionado sobre quais ações concretas têm sido tomadas pelo governo para lidar com as milhares de gravidezes precoces que ocorrem no país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, respondeu: “pré-natal”. O pré-natal consiste na assistência médica prestada à
gestantes durante a gravidez.

Sobre a campanha de prevenção, o ministro da Saúde afirmou que uma das hipóteses estudadas pelo governo é mudar a data da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez Precoce de fevereiro para junho, quando é comemorado no Brasil o Dia dos Namorados. Na avaliação do ministro, a eficácia da campanha também seria melhor se ocorresse ao longo do ano letivo, e não no início das aulas, como ocorre atualmente segundo a Lei 13.798, de 2019.

Fonte: Estadão Conteúdo