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Governo do RN decreta estado de calamidade na segurança pública

O governo do Rio Grande do Norte decretou estado de calamidade pública na segurança por causa da greve das polícias civil e militar. Nesse sábado (6) o salário atrasado de novembro foi depositado na conta dos policiais.

O pagamento era para quem ganha mais de R$ 4 mil por mês. Os salários inferiores já tinham sido pagos, mas os policiais civis já tinham decidido que só voltarão ao trabalho depois de receber, também, o pagamento de dezembro e o décimo terceiro. No caso dos PMs, além desse acerto, eles querem a garantia que terão melhorias nas condições de trabalho.

Apesar de 19 dias parados, os policias militares e bombeiros negam a greve. Eles dizem que estão indo para os batalhões, mas não saem para o patrulhamento por causa do sucateamento da frota, coletes à prova de balas vencidos e equipamentos sem condições de uso.

“A viatura da PM roda muito e a gente depende de manutenção. Essa manutenção para vir a partir do estado depende do pagamento a terceiros, e quando atrasa a manutenção, atrasa tudo. É uma cadeia de fatores que vem desencadeando sempre essa situação difícil”, explica o comandante da PM, coronel Osmar Oliveira.

A Justiça considerou o movimento como greve e, portanto, ilegal. Pediu, inclusive, a prisão de quem incitasse ou promovesse a paralisação, mas nenhum policial foi preso.

Neste sábado (6), o governo do Rio Grande do Norte publicou o decreto de calamidade pública no sistema de segurança do estado, válido pelos próximos 180 dias. O governador Robinson Faria, do PSD, diz que a medida é necessária por causa do aumento da violência “decorrente da paralisação das atividades dos policiais militares e civis”.

Enquanto a situação continuar, o estado fica liberado para fazer contratações em caráter emergencial.

Fonte: Jornal Nacional