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Fórmula para adulterar leite custava R$ 10 mil, diz promotor

A receita usava pelas transportadoras de leite flagradas pela Operação Leite Compensado tinha preço definido: R$ 10 mil, segundo o promotor Mauro Rochenback, chefe da investigação do Ministério Público que constatou fraude em seis marcas de leite no Rio Grande do Sul, na última quarta-feira (9).

De acordo com o promotor, a fórmula mascarava a presença de aditivos para aumentar a quantidade de leite transportado até as fábricas:

“Eles descobriram uma fórmula de mascarar a adição de água e com isso lucrar com 10% no volume. Essa fórmula era vendida entre eles por R$ 10 mil”, afirmou o promotor, durante entrevista ao Jornal do Almoço, da RBS TV.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul encontrou três grupos de adulteradores totalmente independentes. Com um trabalho de inteligência, os investigadores conseguiram diversas amostras de leite adulterado para embasar as suspeitas. As quadrilhas adicionavam nove litros de água e 1 litro de ureia para 100 litros de leite que transportavam, conseguindo assim burlar a fiscalização:

“Os fiscais iam, coletavam amostras. Muitas vezes o leite foi inutilizado no próprio posto de resfriamento com a adição de um corante que tingia o leite de vermelho”, afirma o promotor, descartando que industriais ou produtores também integrassem os grupos criminosos. No entanto, afirma que a negligência das fábricas possibilitou que o esquema ocorresse: “Essa fraude só ganhou esta dimensão porque os transportadores sabiam deste relaxamento da indústria ao receber o leite cru”.

Fonte: Jornal do Brasil