Em pronunciamento realizado neste sábado (9), o CEO do Flamengo, Reinaldo Belotti, minimizou a falta de licenças do Centro de Treinamento (CT) do clube junto à Prefeitura do Rio e disse que os problemas com a documentação do local não tiveram influência no incêndio que causou a morte de dez jovens entre 14 e 17 anos na última sexta-feira (8).
“Sobre multas, licenças, alvarás… isso não têm nada a ver com o incêndio que ocorreu. Trabalhamos de forma árdua em busca das licenças. Precisávamos de nove certificados para obter o alvará, já temos oito. Estamos em contato permanente com o Corpo de Bombeiros. Não foi por falta de investimentos e nem de cuidados do Flamengo. Eles [jogadores] eram o nosso maior ativo, o nosso futuro, e prezamos muito por isso”, disse o dirigente que não respondeu perguntas dos jornalistas.
Segundo Belotti, a perícia indica que um problema no ar-condicionado teria ocasionado o fogo no alojamento no Ninho do Urubu.
“Houve picos de energia durante a noite, fomos vítimas disso na sexta de manhã. O que sabemos até agora foi o que a perícia falou, que o problema começou no ar-condicionado, ninguém pode garantir por quê. Estavam em perfeita ordem, funcionando. A suposição agora é que esses picos tenham influenciado o funcionamento regular do ar e ocasionado o incêndio. E com um incêndio desse porte, com a fumaça tóxica, as pessoas começam a desfalecer. Foi um acidente trágico”, afirmou, garantindo que o sistema de ar-condicionado do CT do Flamengo havia passado por uma manutenção recentemente.
O CEO flamenguista defendeu que é injusto considerar que o alojamento era um “puxadinho”.
“Estamos falando de alojamentos modulares implantados em 2011. O CT começou assim. Por esses alojamentos passaram vários times, vários jogadores como Ronaldinho e Vagner Love. Foi utilizado pela seleção olímpica do Brasil. Não é um puxadinho. É um alojamento”, disse.
Fonte: Gazeta do Povo