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Estudo da CoronaVac atinge número mínimo de voluntários infectados pela Covid-19 e entra na fase final de aprovação

O estudo da fase 3 da CoronaVac, vacina produzida por laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, atingiu o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessário para o início da fase final de testes.

A nova etapa permite a abertura do estudo e a análise interina dos resultados do imunizante. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (23).

“A boa notícia, e o motivo por qual estamos aqui no Instituto Butantan, é que o Instituto Butantan detalha a fase final para a aprovação da CoronaVac tendo atingido o número mínimo de infectados e isso é a possibilidade de permitir a abertura do estudo clínico e a análise destes resultados”, disse o secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn.

O estudo de fase 3, o último, divide os voluntários em dois grupos iguais: metade dos participantes toma a vacina e a outra metade, um placebo. Os participantes não sabem a qual grupo pertencem.

Para que a análise interina da CoronaVac fosse feita, era necessário que pelo menos 61 casos de Covid-19 ocorressem entre os 13 mil voluntários, sejam eles membros do grupo que tomou vacina ou do chamado grupo de controle. Ao todo, foram 74 infectados.

O grupo de infectados permite realizar a chamada análise interina, a primeira análise da eficácia da vacina. Caso ainda persista alguma dúvida, o estudo deve ter ainda uma segunda análise, chamada de análise primária, que é feita quando o número de casos confirmados de Covid-19 entre os 13 mil voluntários chegar a 154 casos.

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que a previsão é a de que o resultado da primeira análise saia na primeira quinzena de dezembro e logo seja enviada para o Comitê Internacional controlador do estudo. Ainda, segundo Covas, após a divulgação dos resultados, os dados serão enviados para a Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) e para o órgão que atesta vacinas na China.

Fonte: G1