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Estudantes pararam a UPE de Petrolina

Descontentes com várias dificuldades enfrentadas para estudar na Universidade de Pernambuco (UPE) – Campus Petrolina, alunos da instituição estão realizando diversos protestos desde a semana passada, com objetivo de chamar atenção das autoridades competentes para os problemas encontrados na unidade. A falta de professores é a principal reclamação dos estudantes apoiados pelas representações estudantis presentes no campus.

Os protestos que tiveram início com uma paralisação de 48 horas nos dias 1 e 2 deste mês, se estenderam durante toda a Semana da Independência e ainda não terminaram. Na terça-feira (06) os alunos promoveram uma mobilização, que durou cerca de 1h30min, saindo do centro de Petrolina até a Ponte Presidente Dutra. No dia seguinte, quarta-feira (07), estudantes e organizações estudantis aproveitaram o desfile cívico do Sete de Setembro e protestaram durante o 17° Grito dos Excluídos. Nos dois dias subsequentes, quinta-feira (08) e sexta-feira (09), houve mais mobilizações no centro da cidade e no bairro Areia Branca.

Segundo o Centro Acadêmico Dr. Pedro Escudeiro, formado por estudantes do curso de Nutrição da unidade, o campus enfrenta atualmente um grande déficit de 140 disciplinas sem professores. A organização afirma que o número só não é maior porque alguns docentes se desdobram para lecionar em matérias que não são de sua competência. Soma-se a isso, a falta de laboratório para as aulas de Nutrição e de um local adequado para o funcionamento da biblioteca.

“A biblioteca da unidade funciona no prédio que pela manhã funciona a Escola de Aplicação. Faz-se necessário uma biblioteca própria, com acervo atualizado e computadores disponíveis, pois só há cinco funcionando para toda a faculdade e pela manhã também serve para Escola de Aplicação. Além das carteirinhas de cadastro da biblioteca que ainda são feitas com máquina de datilografar. Cobertura de internet sem fio em toda faculdade também é uma das reivindicações”, revela o Centro Acadêmico Dr. Pedro Escudeiro, em e-mail enviado para a redação do blog de Alvinho Patriota nesta quinta-feira.

Outras dificuldades reclamadas pelos estudantes são a falta de ônibus e restaurante universitário no Campus III da UPE de Petrolina. De acordo com o Centro Acadêmico, esses serviços são de fundamental importância para os universitários que não recebem ajuda para permanecerem em seus cursos. “Em um universo de cerca de 16.000 estudantes, as bolsas NAE (Núcleo de Apoio ao Estudante) só ofertam 166 bolsas”, afirma a organização, que também está defendendo a construção de uma Residência Universitária para atender os alunos de outros municípios.

Da redação do blog de Alvinho Patriota por Chico Gomes