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“É paliativo”, diz Dilma sobre revogação do reajuste do diesel

Lembrada em meio à crise gerada pelo recuo do aumento de 5,7% no diesel por ação do presidente Jair Bolsonaro, a ex-presidente Dilma Rousseff publicou neste domingo (14.abr.2019) 1 texto em sua página na internet na qual ataca a atual política de preços da estatal.

“A questão não é recuar do aumento de 5,7%”, escreveu. “É impedir que a lógica da gestão da Petrobras seja submetida à lógica de curto prazo da especulação financeira.” Para ela, a suspensão do reajuste foi uma medida “paliativa pois o problema é a submissão do governo aos desígnios do ‘deus-mercado’.”

A fórmula que define os preços dos combustíveis é o tema da reunião que Bolsonaro convocou para 3ª feira (16.abr.2019). Ele quer saber da diretoria da Petrobras como os valores são calculados e por que o diesel subiu mais do que a inflação projetada para este ano.

Antes disso, já nesta 2ª feira (15.abr.2019), Bolsonaro vai reunir-se com o ministro da Economia, Paulo Guedes e o diesel deverá ser um tema do encontro. No sábado (13.abr.2019) disse que é possível “consertar” uma decisão “não muito razoável” do presidente.

Para Dilma, o erro está na atual política de preços dos combustíveis. No governo Michel Temer, eles passaram a acompanhar a cotação de mercado do petróleo. Por isso, os valores hoje mudam em função do preço do petróleo e do dólar, com frequência diária em alguns períodos.

É o contrário do que se fez no governo anterior, quando a estatal absorveu por longos períodos os aumentos em seu custo de produção. Ao explicar sua ação, Bolsonaro frisou que não seria “intervencionista” como se fez no passado. Ainda assim, o valor de mercado Petrobras caiu R$ 32,4 bilhões na 6ª feira (12.abr.2019).

Fonte: Poder 360