O agronegócio foi um dos primeiros setores a apostar nos drones e tem revolucionado o monitoramento da produção agrícola. Pequenos, leves e munidos de câmeras e sensores, esses pequenos veículos não tripulados (vants) captam imagens com qualidade superior a de satélite.
Desta forma, é muito mais fácil detectar com precisão focos de pragas, estresse hídrico, déficit de nutrientes e danos ambientais, aumentando a produtividade e poupando recursos.
Atualmente, muitas empresas brasileiras desenvolvem equipamentos e software do tipo e até exportam. Uma das pioneiras é a Horus Aeronaves, que desenvolve drones para mapeamento em agricultura, topografia e mineração. A startup foi criada por três engenheiros mecânicos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em 2014, em um programa de empreendedorismo.
“O esforço da Horus é popularizar e tornar o uso do equipamento mais atrativo para o produtor”, afirma Fabrício Hertz, presidente da empresa. “Além disso, a agricultura brasileira é tropical, com uma série de características à parte em relação a outros países do mundo, como os Estados Unidos. Portanto, é preciso produzir uma tecnologia própria”, diz.
Os vants da marca são programados via GPS, podem ser controlados remotamente, é feito a base de fibra de carbono, que proporciona mais leveza e resistência, e custa, em média, R$ 70 mil.
De acordo com o site de notícias Estadão, em abril deste ano, a Horus recebeu um aporte de R$ 3 milhões da SP Venture gestora de fundos de investimentos de capital de risco. O valor foi repassado por meio do Fundo de Inovação Paulista (FIP). Assim, pôde abrir uma filial na cidade de Piracicaba (SP), considerada o polo tecnológico do agronegócio.
Fonte: Giro Businnes