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Dólar ultrapassa R$ 3,75 após anúncio de demissão de Parente da Petrobras

O dólar voltou a ganhar tração ante o real com a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras, nessa sexta-feira (1º), prejudicando a percepção dos investidores, sobretudo os estrangeiros, sobre a condução da economia brasileira, após o desconto do diesel para cessar a greve dos caminhoneiros ter gerado impacto sobre as contas públicas.

Às 12h18, o dólar avançava 0,74%, a R$ 3,75 na venda, depois de ter subido 6,66% em maio, terminando o mês a R$ 3,73. O dólar futuro tinha alta de 0,78%.

Na máxima da sessão, a moeda foi a R$ 3,76, justamente quando saiu a notícia de Pedro Parente deixar a gestão da principal estatal do país.

“A demissão gera dúvidas sobre a continuidade das políticas ortodoxas do governo”, afirmou o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano, ao justificar a piora do mercado.

Parente decidiu deixar o cargo em meio a discussões sobre a política de preços da petroleira. Por causa da greve dos caminhoneiros, a estatal havia concordado em reduzir a frequência dos reajustes do diesel por um determinado período contanto que a União pagasse pelas perdas causadas à empresa.

Parente trouxe credibilidade à estatal, bastante arranhada após o rombo decorrente da Lava-Jato, com a implementação de política de reajustes quase que diários dos combustíveis, acompanhando os preços internacionais do petróleo.

Fonte: R7