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Documentos mostram o caminho do dinheiro atribuído a Cunha no exterior

Documentos enviados pela Suíça às autoridades brasileiras mostram detalhes das movimentações das contas naquele país atribuídas ao presidente da Câmara Eduardo Cunha. Parte do dinheiro que, de acordo com as investigações, vem de propinas foi usado para pagar faturas de cartão de crédito e gastos da família de Cunha no exterior.

Do fluxo de dinheiro nas contas de Cunha, na Suíça, os investigadores comprovaram a origem de uma fonte: o contrato de compra da Petrobras de uma área de petróleo em Benin, na África.

Segundo as investigações, o dono do campo de petróleo, Idalécio de Oliveira, recebeu US$ 34,5 milhões da Petrobras pelo negócio. Idalécio repassou US$ 10 milhões ao lobista do PMDB, João Augusto Henriques, que foi preso na Operação Lava Jato no mês passado.

João Henriques, então, distribuiu a propina. Os procuradores dizem que 1,3 milhão de francos suíços foram para uma das contas de Eduardo Cunha em cinco repasses em menos de um mês. Cunha, então, distribuiu o dinheiro entre as contas dele e da mulher, Cláudia Cordeiro Cruz, na Suíça. Quatro contas no total.

A conta, que foi abastecida com a propina da venda do campo de petróleo, recebeu mais US$ 1,4 milhão, mas a investigação ainda não chegou à origem do dinheiro. Outra conta recebeu ainda mais dinheiro, quase US$ 3,4 milhões. A origem também está sendo investigada.

Essas duas contas são as que foram encerradas depois que a Operação Lava Jato começou. As outras duas foram bloqueadas em abril pelas autoridades suíças. Uma delas tinha 2,3 milhões de francos suíços e a da mulher de Cunha tinha 146 mil francos suíços.

Fonte: Jornal da Globo