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Dilma anuncia que vai contratar mais estrangeiros

A presidenta Dilma Rousseff afirmou ontem que respeita os médicos brasileiros, mas que não se pode olhar de onde vem o diploma do profissional, ao defender a ocupação das vagas não preenchidas do programa Mais Médicos por estrangeiros. O programa, que vai levar médicos a regiões periféricas e ao interior do País, teve baixa adesão na primeira fase.

“Ficou visível que os médicos que se inscreveram na primeira fase não foram trabalhar. Não todos, uma parte”, afirmou Dilma, em entrevista concedida para duas rádios locais. “Então, vamos agora preencher com médicos estrangeiros.” Segundo Dilma, o objetivo é colocar mais médicos na rede para atender a população. “A gente não negocia com saúde. Saúde é inegociável. Respeito os médicos brasileiros, porque acho que eles são de alta qualidade. Agora, nós não podemos olhar de onde vem o diploma”, enfatizou a presidenta. “Vimos no Brasil que não temos médicos necessários para atender a população. Tem que ter o médico para atender”, disse.

Dilma voltou a citar dados de países como Estados Unidos, Inglaterra e Canadá, que têm percentuais elevados de médicos formados em outros países em sua rede. “No Brasil são apenas 1,78%. Olha a discrepância. Os países ricos vão e importam médicos. E nós, que precisamos de médicos, que somos um país intercontinental, que não temos médicos nas periferias e no interior do Brasil, não podemos importar”, criticou. “Temos que colocar a saúde da população em primeiro lugar.”

Em uma referência ao aumento de renda da população mais pobre durante os governos do PT, a partir de 2006, a presidenta defendeu que Brasil era um dos países “mais desiguais” do mundo e que está mudando. “Nosso País, que antes era dos lugares mais desiguais do mundo (…) estamos garantindo que essa luta contra a desigualdade seja irreversível”, afirmou.

Segundo ela, só a educação e o emprego podem tirar o País de uma situação de pobreza. “Só temos certeza que vamos acabar completamente com a miséria e com a pobreza por dois caminhos: educação e emprego”, disse.

Fonte: Tribuna do Norte