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Deputados revogam prisão e mantêm no cargo presidente da Alerj

Menos de 24 horas depois da prisão, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani, e outros dois deputados do PMDB suspeitos de receber propina deixaram a cadeia. Eles estavam presos por determinação do Tribunal Regional Federal, mas os colegas deputados decidiram soltá-los.

A Assembleia Legislativa amanheceu atrás de grades. Sessenta dos 70 deputados da Casa interromperam o feriado prolongado para votar às pressas o destino dos três deputados do PMDB.

Primeiro, a Comissão de Constituição e Justiça decidiu que a votação do parecer seria reservada. O filho de Jorge Picciani, o deputado Rafael Picciani, provocou risos ao discordar da decisão.

Rafael Picciani não quis votar, e a comissão aprovou a soltura dos deputados por quatro votos a dois. Em seguida, o parecer foi levado ao plenário

Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi foram presos na quinta-feira (16), depois de uma decisão do Tribunal Regional Federal. Eles são acusados de receber propina para defender interesses de empresários.

Os cinco desembargadores que votaram entenderam que os deputados cometeram crime em flagrante e inafiançável. Mas concordaram que a decisão precisaria ser submetida à Assembleia Legislativa do Rio, como manda a Constituição do estado.

Os deputados já tinham começado a votar, quando o movimento dos servidores públicos conseguiu uma liminar para ocupar as galerias da Assembleia. Só que a oficial de Justiça foi barrada pelos seguranças da Casa. Um deputado da oposição tentou liberar a entrada, e houve tumulto.

A oficial de Justiça entrou e notificou a Alerj. Mas os deputados que apoiam os parlamentares presos mandaram funcionários dos gabinetes ocuparem as galerias e não sobrou vaga para mais ninguém.

A única pressão sobre os deputados vinha do lado de fora. Por volta das 16h, um grupo tentou derrubar as grades que cercavam a Alerj. Os policiais reagiram com bombas de efeito moral e balas de borracha. 

Por 39 votos a 19, a Assembleia Legislativa decidiu revogar a prisão. E também manter os deputados no cargo. Cinco parlamentares que eram secretários do governador Luiz Fernando Pezão e foram exonerados na semana passada ajudaram no placar.

Fonte: Jornal Nacional