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Depoentes rechaçam versão da polícia no caso do estudante morto com um tiro de fuzil

Os seis depoentes que estão sendo ouvidos no caso do estudante assassinado com um tiro de fuzil disparado por um policial militar contestam a versão da polícia de que o tiro foi acidental. As testemunhas informaram que o policial militar da Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Área da Caatinga (Ciosac) mirou para acertar Marcelo Laureano Gomes Filho, 16 anos. Os depoimentos estão acontecendo no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), localizado no Cordeiro, bairro da Zona Oeste do Recife.

O comerciante Marcelo Laureano Gomes, pai do estudante, prestou depoimento durante a manhã. À tarde, o delegado ouvirá o testemunho de uma mulher que presenciou a cena e ouviu a conversa entre os policiais militares durante a abordagem ao veículo conduzido pela vítima. Também foram convocados para depor, na manhã de hoje, o irmão e os dois amigos da vítima que estavam no carro quando o adolescente morreu, além de um funcionário de um posto de gasolina próximo ao local do homicídio.

Marcelo Laureano Gomes Filho, 16 anos, levou um tiro na cabeça, na noite da última terça-feira (16) quando dirigia a caminhonete S10 do pai, em Escada, município da Zona da Mata Sul de Pernambuco, acompanhado do irmão de 19 anos e de dois amigos. “Uma moça que estava em outro carro, um corola parado no local, viu tudo. O PM atirou bem perto dela. A moça está com muito medo, mas vai falar”, diz Marcelo Laureano Gomes.

O acidente aconteceu por volta das 23h de terça-feira passada. Amanhã, a família fará missa de sétimo dia da morte do rapaz, às 19h30, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Escada, a padroeira da cidade. A missa seria na capela do bairro, mas transferimos para a Igreja Matriz (de Nossa Senhora da Escada), no Centro, a pedido da comunidade, por ser maior. A comoção foi muito grande e as pessoas queriam participar da cerimônia”, declara o comerciante.

Fonte: JC Online