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Criador do Mais Médicos: saúde pública sofrerá sem cubanos

Um dos idealizadores do Programa Mais Médicos, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha afirma que, sem a participação dos profissionais cubanos, a perspectiva inicial é bastante pessimista para o futuro do atendimento básico nas áreas mais vulneráveis do país.

Após declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro, Cuba comunicou nessa quarta-feira (14/11) a decisão de sair do Mais Médicos. Mais de 8 mil cubanos atendem atualmente em todos os estados do país e no Distrito Federal.

“Caso a retirada dos médicos de Cuba seja imediata, nós teremos alguns meses de absoluta falta de atendimento de assistência para uma parte importante da população brasileira. Nunca nós conseguimos que, só com médicos brasileiros, fosse possível completar as vagas” disse o ex-ministro em entrevista à DW Brasil.

Lançado em 2013, o programa busca ampliar o atendimento básico de saúde nas áreas mais remotas do país. Ministro da Saúde nos três primeiros anos do governo Dilma Rousseff, Padilha, portanto, participou da gestação do plano e de sua implementação.

Para manter a parceria com Cuba, Bolsonaro exige que os médicos cubanos sejam obrigados a revalidar seu diploma no Brasil, recebam salário integral e possam trazer a família.

Fonte: DW Brasil