Noventa minutos, ou um pouco mais que isso, separam o Santa Cruz de uma final. Depois de não chegar a nenhuma na temporada passada, justamente no ano do centenário do clube, só um desastre sem precedentes pode agora tirar a classificação do Tricolor da disputa do título do PE2015. O placar de 4 a 0 sobre o Central, construído no Arruda, deu aos corais uma confortável vantagem na segunda partida da semifinal – marcada para as 16h deste domingo, no Lacerdão. Ao time de Ricardinho, resta administrar o jogo e voltar a figurar numa decisão – assim como aconteceu em 2013, 2012 e 2011.
Nesses período, o Santa Cruz chegou em quatro finais. Foram três decisões estaduais, além de outra pela Série C do Brasileiro de 2013. O Tricolor ganhou todas elas. O único remanescente daquela geração no atual grupo é o lateral esquerdo Renatinho. O atleta, assim como todos no Santa, prefere não cravar a equipe como finalista da competição.
Embora o Santa possa perder por até três gols de diferença (ou quatro para levar o jogo para pênaltis), Ricardinho foi o primeiro a levantar a bandeira da cautela. O treinador está ciente da ampla vantagem, mas, sob a ameaça de um “espião” adversário no Arruda, não se furtou em promover dois treinos secretos durante a semana, na quinta e sexta-feira, e esconder a escalação na coletiva. Quer minimizar as já reduzidas chances do Central e evitar qualquer tipo de surpresa em Caruaru.
“Joguei futebol por 17 anos e, nesse tempo, já vi muita coisa. Quem trabalha com futebol, não pode lidar com paixão. Tem que ter respeito pelo adversário. É importante estar preparado para qualquer tipo de situação. Acho normal a empolgação do torcedor. Faz parte. Mas eu e todos nós aqui no clube somos absolutamente pés no chão e temos ainda uma decisão pela frente”, disse Ricardinho.
Missão difícil
A goleada sofrida na primeira sêmi abateu o plantel do Central. Custou também o emprego do Laelson Lima, substituído por Humberto Santos, que comanda o time desde a última segunda-feira e tenta arrancar alguma motivação dos seus comandados. “Os jogadores estão cientes da má atuação que tiveram. Agora, é tentar reverter de alguma forma”, disse o técnico alvinegro.
Central repaginado
A Patativa tem dois desfalques para a partida. Expulsos no jogo de ida, o zagueiro Sinval e o meio-campista Juninho precisam agora cumprir suspensão automática. Humberto Santos vai acionar, respecticamente, Mattia Binatti e Luiz Fernando, vetado desde 1º de março devido a uma sequência de lesões nas coxas direita e esquerda. Serão mais três mudanças na equipe. Jailton ganha o posto de Madona na lateral esquerda. Por fim, Roger e Roberto Pítio entram no lugar de Thiago Laranjeira e Fabiano.
Mistério coral
Assim como fez na primeira semifinal com o Central, Ricardinho não confirmou o time do o Santa Cruz para o reencontro com a Patativa. O treinador disse que já tem a escalação em mente, mas só irá divulga-lá momentos antes da partida. A dúvida que o comandante coral vem deixando no ar é em relação à mudança de esquema. Pode abandonar o 4-5-1 e voltar ao tradicional 4-4-2. O retorno à velha formação está condicionada à entrada do atacante Anderson Aquino, recuperado de lesão muscular na coxa direita. Emerson Santos seria, portanto, o mais cotado para deixar a titularidade. Danny Morais e Tiago Costa voltam de suspensão e tendem a ocupar os postos de Diego Sacoman e Renatinho – respectivamente.
Fonte: Superesportes
