O comerciante que este ano recebe a homenagem do bloco Bomba Chiando tem uma longa e bonita história, digna de ser contada, lembrada e vivida pelas novas gerações . José Vicente da Silva nasceu em Itacuruba –aquela que foi engolida pelo lago de Itaparica, tendo sido distrito de Belém do São Francisco, no tempo em as famílias se conheciam mutuamente , apesar das dificuldades, e os penitentes pagavam seus pecados oferecendo o próprio sangue, em reconhecimento aos sacrifício sofrido por Cristo, nosso Senhor. Zé Vicente era um fervoroso seguidor dos penitentes.
José Vicente correu o mundo. Viveu uma boa temporada em Santa Brígida, um lugar místico, localizado nas redondezas do Raso da Catarina, no vizinho Estado da Bahia. Correu o mundo na boléia de um caminhão, foi funcionário da Chesf, mas o seu destino estava traçado: ser comerciante e construir sua família e muitos amigos em Salgueiro, onde chegou em junho de 1960.
O homem carismático, que esbanjava simpatia , era trabalhador, boêmio e sobretudo romântico. Curtia o Carnaval á moda antiga (e boa) participando da folia autêntica de rua e blocos, como o Catabi, ao lado de outros grandes foliões, que deixaram saudade no carnaval salgueirense: Flórido Soares, Sazinho, Antonio Dedé, Doaciano Angelir e tantos outros, e outros que estão vivos para “contar a história”.
O seu casamento com Maria José Azevedo , dona Lia, hoje com 84 anos, foi uma coisa pra cinema. Seu jeito de homem que “conhecia o mundo” desagradava os futuros sogros. “Um belo dia, papai combinou com amigos e parentes e “robou” mamãe da casa de seus pais, em Igarassu, mas a “encrenca” com os velhos só durou até a realização do casamento realizado com as “bênçãos “ do Padre Jesus, em Serra Talhada”, conta o filho mais velho Fernando José Azevedo Silva.
O homenageado do Bomba Chiando tinha a cara da Bomba. Foi o terceiro comerciante do ramo de autopeças do Bairro, depois de Celso Ferraz e Nestor Vieira.
Suas atividades e a residência sempre tiveram lugar no coração do Bairro onde aconteciam –além do Carnaval, aos festejos religiosos tendo como ponto alto a Noite dos Motoristas que sempre contou com a participação e o apoio da ilustre figura de Zé Vicente que chegou a dirigir o Lions Clube de Salgueiro e sempre esteve integrado àa outras ações de interesse da comunidade.
Ao lado de dona Lia, José Vicente criou uma prole de cinco casais de filhos: Antonio José (falecido), Fernando, Socorro, Roberto (Betinho – falecido), Margarida, Francisca, Zélia, Vicente, Franci e o caçula, Antonio(Pio).
Ze vicente era meu padrinho.
Moro em Belem do Pará.
Gostaria de entrar em contato com a familia
Quem tiver informacies mande pro watsap 091 988261351
Complemento.
Dona Lia, que graças a Desus está bem e continua com o seu sorriso aberto como uma criança feliz, me fez uma revelação engraçada sobre o seu namoro com José Vicente.
“Nosso namoro durou cinco anos e apesar de papai não aceitar, ele tinha um bom relacionameto com José, ao ponto de os dois manterem negócios juntos. Foi não foi, papai passava o caminhão dele para José fazer viagens”, contou.
José Vicente era um grande batalhador. Por um bom tempo ele trabalhou na produção de caroá, a partir de Mirandiba. “Ele tanto tinha usina como transportava caroá”, contou dona Lia.
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Feliz de quem tem boas e bonitas histórias pra contar..,
Saúde, Dona Lia.