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Banco Mundial prevê crescimento de 2% para o Brasil neste ano

O Banco Mundial divulgou nesta terça-feira que prevê crescimento de 2% para o Brasil e de 3,1% para o mundo neste ano, números melhores que o estimado em junho, quando a previsão era de alta de 1,8% e 2,9%, respectivamente. O Banco ainda informou que o Brasil deve ter crescido 1% em 2017, contra previsão anterior de alta de 0,3%,e o mundo 3%, acima da previsão anterior de 2,7%. Apesar do otimismo, o banco afirma que isso pode ser apenas uma situação passageira.

“O Banco Mundial prevê um crescimento econômico global próximo a 3,1% em 2018 após um 2017 muito mais forte que o esperado, à medida que a recuperação no investimento, manufatura e comércio continuarem e ao passo que as economias em desenvolvimento, exportadoras de produtos básicos, se beneficiarem de melhores preços desses produtos. No entanto, em grande parte, esse movimento é considerado como um aumento de curto prazo. No longo prazo, retardar o crescimento potencial – medida do grau de rapidez que uma economia pode expandir-se quando a mão de obra e o capital são totalmente empregados – põe em risco ganhos na melhoria dos padrões de vida e na redução da pobreza no mundo inteiro”, afirma o documento.

O banco afirma que os países em desenvolvimento deverão crescer 4,5% neste ano, seguindo os avanços dos exportadores de produtos básicos. Segundo o relatório, a China está tendo uma redução suave do crescimento, o que reduz riscos de choques no longo prazo.

“É estimulante ver uma recuperação de base ampla no crescimento global, porém, este não é o momento para complacência. É uma excelente oportunidade para investir no capital humano e físico. Se os formuladores de políticas no mundo inteiro focarem nesses investimentos fundamentais poderão aumentar a produtividade dos seus respectivos países, impulsionar a participação da força de trabalho e se aproximar das metas de erradicação da pobreza extrema e promoção da prosperidade compartilhada”, escreveu no relatório Jim Yong Kim, Presidente do Grupo Banco Mundial.

As novas expectativas indicam um crescimento de 2% para a América Latina neste ano, contra um avanço de apenas 0,9% em 2017. “O impulso do crescimento deverá intensificarse à medida que o consumo privado e o investimento se reforçarem, especialmente entre economias de exportação de produtos básicos. Incerteza política adicional, desastres naturais, aumento do protecionismo comercial nos Estados Unidos ou maior deterioração de condições fiscais internas podem tirar o crescimento de seu curso normal”, afirma o relatório do Banco Mundial.

O documento, contudo, trata do risco político para a região, citando países que terão eleições e que enfrentam grandes casos de corrupção. “O crescimento na região está sujeito a riscos desfavoráveis. A incerteza política em alguns países – incluindo o Brasil, Guatemala e Peru – poderá frear o crescimento. Interrupções causadas por desastres naturais, efeitos negativos da turbulência dos mercados financeiros, ou um aumento do protecionismo do comércio dos EUA, para além de uma deterioração nas condições fiscais internas de cada país, poderão prejudicar o crescimento da região”, diz o documento.

Fonte: Época Negócios