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Banco Central reduz a taxa básica de juros para o menor nível da história

Pode anotar aí. Você nunca ouviu falar em uma Selic tão baixa. Pela décima vez seguida, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros usada como referência na economia brasileira. De 7,5%, ela caiu para 7% ao ano. É a menor taxa desde 1999, quando o Banco Central adotou o sistema de metas de inflação.

O economista José Roberto Mendonça de Barros explica que um dos motivos principais para essa sequência de quedas dos juros foi a produção agrícola.

“Nós colhemos no Brasil é uma safra recorde, absolutamente recorde. O clima foi muito bom, a qualidade do plantio foi muito boa e, em consequência, os preços caíram. Com isso, o Banco Central pode diminuir a taxa de juros. Tem uma implicação que também afeta as pessoas é que o crédito para consumo voltou por causa disso”, afirmou.

Você já deve estar cansado de ouvir economistas falando no Jornal Nacional da necessidade de se aprovação da reforma da Previdência. Mas o que isso tem a ver com taxa de juros? Para o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, tem tudo a ver. Se a reforma for aprovada, o risco de as contas públicas estourarem diminui, a confiança na economia aumenta e tanto a taxa de juros quanto a inflação podem continuar baixas.

“A reforma da Previdência é parte de um processo que vai, a médio e longo prazo, restaurar a viabilidade da gestão fiscal no Brasil. Ela é o primeiro degrau de uma escadaria que vai nos levar, em algum momento, a colocar o Brasil como país normal, aquele que os investidores, as pessoas físicas, as empresas, os fundos compram os papéis do tesouro com a segurança de que eles são remunerados como previsto nos títulos e serão pagos no vencimento”, disse Maílson da Nóbrega.

Fonte: Jornal Nacional