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Artigo: O problema da falta d´água em Salgueiro

Por Noeliton Costa de Sousa

O município de Salgueiro ao longo das diversas gestões municipais que aqui passaram, bem como governadores e presidentes da República, apresentou melhoras substanciais em todos os serviços públicos, tais como saúde, educação, segurança, entre outros.

No entanto, um tipo de serviço mais que essencial para a população continua a atender de forma precária: o fornecimento de água.

A cidade completa esse ano 185 anos de emancipação.

Logo no ano de criação da Compesa, em 1971, o município de Salgueiro assinou um contrato, durante 50 anos, concedendo a Compesa o serviço de saneamento da cidade.

Em 1970, segundo dados do Anuário Estatístico do Brasil, Salgueiro tinha uma população com 31.980 habitantes.

Mesmo tendo dobrado sua população, hoje com 61.000 habitantes, o crescimento da população foi lento para um lapso de 30 anos.

A Compesa lucrou no ano de 2018 cerca de 195 milhões de reais.

No ano de 2015 e 2017 ganhou o título, concedido pela revista Isto É Dinheiro, da melhor empresa de saneamento do país.

Mesmo tendo explorado a concessão do fornecimento do serviço de água durante 48 anos, pouco investimento fez em Salgueiro.

O resultado é a falta de água constante nos lares e a inviabilidade de crescimento de um polo industrial.

As reclamações da população são constantes nas rádios e redes sociais, sendo considerado o pior serviço público hoje em Salgueiro.

Dos 50 anos de concessão ainda restam 2 anos. O contrato de concessão se vence com o próximo gestor municipal.

A nova lei de saneamento dá o direito ao gestor de fazer licitação para que uma nova empresa explore o serviço de fornecimento de água, podendo até mesmo ter a participação de empresas internacionais.

Cabe ao próximo prefeito decidir se quer melhorar ou continuar com o sofrimento da população. Cabe ao próximo gestor se continuará dando aos cidadãos de seu município a gestão do fornecimento de água a uma empresa que pouco fez para amenizar a principal necessidade básica.

4 comentários sobre “Artigo: O problema da falta d´água em Salgueiro

  1. Edvam

    A Compesa é o resultado de vários governos estadual e municipal que não deram a atenção devida a Salgueiro, o povo pena sem água nas torneiras, a transposição em construção durante muitos anos, a barragem no Uri com água a alguns anos e não se ver quebrar uma pedra para dá inicio a uma obra que venha amenizar a situação critica da cidade, estamos num momento de pandemia onde devemos lavarmos as mãos constantemente, tomar mais banhos e lavar as roupas com mais frequência por uma questão de segurança em saúde, mas com que água? Se a água não chega nas casas e nem nas repartições publicas onde aglomeram uma boa quantidade de pessoas. Faltou e falta gestão publica, mas falta também mobilização social, acredito que no inicio da década de 1980 a população tinha mais mobilização.

  2. Aldo Pedrosa de Aguiar

    A COMPESA é um símbolo de incompetência e descaso, A empresa vive Sempre com problemas financeiros e agora vai piorar mais ainda, pois o presidente João Bosco Almeida foi substituído no cargo por problemas Políticos e o Governador Paulo Câmara através do Prefeito do Recife colocou uma Mulher que não sabe nem onde fica a Adutora de Salgueiro e nem onde fica o Rio são Francisco, incompetência passou longe dela, é pura indicação política do Prefeito do Recife.

  3. Rinaldo Barros

    Qual o preço que a população vai pagar para esta melhoria, nós so estamos querendo o serviço, mas sera que a empresa que vier a ganhar a licitação vai manter o mesmo valor ou diminuir.
    A celpe é exemplo a tx minima dela e R$ 95,00 com um custo muito menor que o de tratamento de água, vamos ter cuidado pois poderemos ter agua mais sera que vamos ter dinheiro para pagar a conta.

  4. Patricia Silva

    As coisas por ai estão é boa, aqui em Verdejante passamos mais de 20 dias sem água nas torneiras, se não tivermos reservatórios já teríamos morrido de sede. Quando chega água da rua, temos apenas 24 horas pra encher tudo, lavar roupas e fazer os serviços domésticos. E olha que isso não é de hoje não. Tenho 33 anos que enfrento essa realidade e nunca vi mudar.