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Após motim, governador do Ceará cobra combate à ‘partidarização da polícia’

Após o fim do motim de policiais no estado, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), cobrou nesta segunda-feira o combate ao que ele classificou de “partidarização da polícia”.

— O debate que precisa ser aprofundando é da partidarização da polícia, se misturou política partidária com polícia. Todas as lideranças desse  movimento têm mandato, são filiados a partido. Isso é grave. Esse é um debate que precisa ser feito a nível nacional porque isso não ocorre só no Ceará — disse o governador.

A candidatura de Jair Bolsonaro a presidente em 2018 impulsionou a eleição de militares em diferentes estados do país para a Câmara federal e assembleias legislativas. Camilo avalia que o fenômeno merece a atenção do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.

— Que o Supremo, o Congresso, os estados brasileiros, possam tomar decisões para garantir que a polícia cumpra o seu papel constitucional que é garantir a segurança da população.

Indagado se o motim do Ceará foi político, o governador respondeu:

— Vamos fazer uma interpretação aqui: o governo colocou cinco secretários por dez dias para se reunir com eles (policiais). Eles comemoraram essa negociação. Teve até liderança deputado (deputado estadual Soldado Noélio) que chorou. Qual motivo (para voltar atrás) após concordar com valores substanciais (de reajuste)? Cabe a nós fazer uma avaliação dos motivos desse motim ocorrido aqui no Ceará.

Camilo ainda classificou o motim como “lamentável, uma situação muito grave, inaceitável”. Ele acrescentou que todos os policiais se apresentaram ao trabalho na manhã desta segunda-feira e que agora equipamentos e veículos destruídos durante o motim estão sendo consertados. O governador defendeu ainda que o Exército permaneça no estado até o fim do prazo autorizado pelo presidente Bolsonaro (na próxima sexta-feira).

Fonte: O Globo