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A Questão Nuclear em Itacuruba

Por Whodson Silva (Antropólogo)

Ultimamente estamos acompanhando uma série notícias, discursos, informações e mobilizações referentes à instalação de usinas nucleares no município de Itacuruba, sertão de Pernambuco. Questão esta assustadora para toda a população da “nova Itacuruba” já que este mesmo município, em 1988, teve sua sede municipal e suas áreas agricultáveis inundadas em decorrência da construção da Usina Hidrelétrica de Itaparica pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF).

Há exatos 31 anos em que a população da antiga Itacuruba foi reassentada forçadamente pelo Estado Brasileiro, a área em que agora vivem está sendo apontada como o local em que abrigará um projeto de construção de um complexo nuclear com capacidade de até 06 reatores nucleares, totalizando uma capacidade total de 6.600 MWz.

Rapidamente uma articulação antinuclear nesta região do Sertão tomou forma e diversas mobilizações, que têm por finalidade barrar a instalação de usinas nucleares no Rio São Francisco, vem acontecendo e ganhando projeção nacional. Muitas dúvidas começam a surgir, bem como várias pessoas que sequer sabiam da existência de um projeto de central nuclear no Nordeste começam a procurar informações e dados oficiais sobre tal
empreendimento.

Realizei uma pesquisa de mestrado sobre esta questão e acompanhei durante sete meses a região que é apontada para construção de tal complexo nuclear. O objetivo era, justamente, compreender as mobilizações antinucleares e a concretude da informação de que Itacuruba receberia um projeto dessa magnitude. Assim, quero aqui situar os leitores sobre a configuração da questão nuclear em Itacuruba. (Clique aqui para ler o artigo completo de 6 páginas)