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A cada dez minutos, um assassinato

A cada dez minutos, uma pessoa foi assassinada no Brasil em 2013. Houve 50.806 vítimas de homicídios no país no ano passado, revela a 8ª Edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, lançada ontem em São Paulo.

Na comparação com os números absolutos de 2012, que teve 50.241 vítimas, houve um ligeiro aumento (1,1%). Mas, considerada a taxa de vítimas por 100 mil habitantes, nota-se uma pequena redução – de 25,9 mortos por 100 mil habitantes para 25,2 (-2,6%). Isso ocorre devido ao maior crescimento da população.

“É a primeira vez que a gente mostra a estabilização dos homicídios no país”, disse Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsável pelo anuário.

Para comparar o desempenho dos Estados, consideram-se as taxas de vítimas de homicídio por 100 mil habitantes, São Paulo teve, em 2013, a menor taxa do país: 10,8 mortos por 100 mil, ante 12,4 em 2012 (queda de 12,9%). Em números absolutos, foram mortas 4.739 pessoas no Estado em 2013.

ALAGOAS

No topo do ranking está Alagoas, cuja taxa em 2013 foi de 64,7 vítimas por 100 mil habitantes – 0,4% maior que em 2012, que era de 64,4. Em números absolutos, Alagoas teve 2.140 pessoas assassinadas.

Alagoas foi o primeiro Estado a firmar, em meados de 2012, um convênio com o governo federal para implantar o programa Brasil Mais Seguro. Vitrine do governo federal para a segurança pública, o objetivo do programa era justamente diminuir as mortes violentas na capital, Maceió, e em Arapiraca, a segunda maior cidade do Estado. Mas os assassinatos voltaram a subir.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que as taxas fiquem abaixo de 10 por 100 mil habitantes.

O Estado que apresentou o maior aumento na taxa de vítimas de homicídio, de 2012 para 2013, foi o Rio Grande do Norte. A taxa saltou de 11,4 por 100 mil habitantes para 22,1 (alta de 93,2%). Ou, em números absolutos, de 369 para 747 vítimas. O Rio Grande do Norte, porém, pertence ao grupo de Estados que têm informações menos confiáveis –ou seja, a situação local pode ser pior.

NÚMEROS

Os números de homicídios do anuário vêm do Sinesp, sistema do Ministério da Justiça que funciona há apenas dois anos e compila dados dos Estados. Eles se assemelham aos do Mapa da Violência, que utilizam a base de dados do SUS (Sistema Único de Saúde), mais antiga. Ambas as bases de dados revelam um crescimento maior dos homicídios no Nordeste do país.

Fonte: Folhapress